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19 de dez. de 2010

APRENDIZAGENS NO EIXO VII, CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA NA ALFABETIZAÇÃO!

Na interdisciplina de Linguagem e Educação no Eixo VII, aprendi muito por estar em uma turma de alfabetização e pude fazer uma relação imediata com a minha prática, bem como compreender alguns conceitos das fases da alfabetização e avaliar em que fase cada um dos meus alunos encontravam-se, para, a partir daí desenvolver atividades que proporcionassem aos meus alunos construir novas aprendizagens. Percebi que os alunos que naquele momento ainda não estavam lendo e escrevendo, também não falavam de forma clara, “correta”, eram mais tímidos e inseguros, apresentando também uma baixa auto-estima. Conversei com a família de cada um, para que observassem o vocabulário, sempre que possível tentando falar corretamente e que isso facilitou o processo de alfabetização de seus filhos. Em sala de aula passei a trabalhar mais com atividades lúdicas, oportunizando as relações no grupo e a valorizar bem mais os pontos positivos, para que se sentissem mais capazes e seguros de suas ações e no desenvolvimento da autonomia.

Nunca havia ouvido falar de consciência fonológica e aquisição da escrita, aprendi que é um processo de desenvolvimento aleatório, ambos caminham juntos, pois a criança vai construindo os conceitos fonológicos, compreendendo valores sonoros enquanto aprende a escrever e ler o que escreve. O que percebi que não caminha muito junto no processo de alfabetização são a leitura e escrita. Os alunos aprendem a ler primeiro e somente depois na sequência é que escrevem as palavras literalmente. Tinha alunos lendo muito bem que na escrita estavam no nível silábico alfabético. Conforme ia construindo as minhas aprendizagens, ia compreendendo o processo de aprendizagem nos meus alunos.

Minhas reflexões foram numa ação/reflexão/teoria/prática. No texto "Consciência Fonológica: o que é, para que serve e qual sua relação com o aprendizado da leitura e da escrita? (Jornal Letra A – jun/jul. 2005)", sugere a relação entre consciência fonológica e a aprendizagem da leitura e da escrita. Em sala de aula fiz uma análise dos meus alunos, na época, quando exercitavam a leitura, os sons das letras, sílabas, rimas e aliterações quando liam e escreviam. Ficavam repetindo umas duas a três vezes os pedacinhos das palavras e comparando com outras palavras que já dominavam a sua grafia.



Descobri também que parece ser "normal" as crianças hora estarem num e hora noutro nível da psicogênese da língua escrita. Geralmente quando estão no nível alfabético que é quando já sabem ler e escrever há situações em que voltam ao nível anterior: o silábico alfabético onde ainda estão construindo suas hipóteses da escrita, apesar de estarem lendo corretamente. Isso ocorre porque quando lêem, fazem uso de suas hipóteses, àquelas que na hora de escrever “têm" que grafar a palavra com uma e às vezes não é a corretamente aceita para escrever a palavra literalmente. Já quando lêem, acertam na hipótese porque somente ela é aceita para construir as verdadeiras e respectivas, à leitura da determinada palavra e, papel aceita tudo, leitura não. Em fim, todas as dúvidas que eu tinha na minha prática sobre alfabetização, eu aprendi nos estudos na interdisciplina Linguagem e Educação, foi um semestre extremamente proveitoso para mim.

Um comentário:

Anice - Tutora PEAD disse...

Olá, Elisângela:

Trazes detalhes do que aprendeste nesse eixo unindo com tua prática e vejo isso como algo bem vantajoso, porque é muito importante registrar esses processos todos, não somente para refletir, mas também para ajudar a clarear toda mudança ocorrida "de lá para cá".

Grande abraço, Anice.