UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE
DE EDUCAÇÃO/UFRGS
CURSO
DE ESPECIALIZAÇÃO EM DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL/MEC/UFRGS
Elisângela
Martins Rodrigues
INDICADOR DE
QUALIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: DIMENSÃO COOPERAÇÃO E TROCA COM AS FAMÍLIAS E
PARTICIPAÇÃO NA REDE DE PROTEÇÃO SOCIAL
Porto
Alegre (RS)
2012
Elisângela
Martins Rodrigues
UNIVERSIDADE FEDERAL
DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE
EDUCAÇÃO/UFRGS
GEIN- GRUPO DE
ESTUDOS EM EDUCAÇÃO INFANTIL
CURSO DE
ESPECIALIZAÇÃO EM DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL/MEC/UFRGS
INDICADOR DE QUALIDADE NA EDUCAÇÃO
INFANTIL: DIMENSÃO COOPERAÇÃO E TROCA COM AS FAMÍLIAS E PARTICIPAÇÃO NA REDE DE
PROTEÇÃO SOCIAL
Trabalho Avaliativo
Final para a Disciplina Infâncias e Crianças na Cultura Contemporânea e nas
Políticas de Educação Infantil: Diretrizes Nacionais e Contextos Municipais.
Curso de Especialização
em Docência na educação Infantil da Universidade Federal do Rio Grande do sul.
Professoras:
Fabiana Marcello;
Maria Luiza Flores;
Simone Albuquerque.
PORTO ALEGRE
2012
LISTA DE ABREVIATURAS
CME
Conselho Municipal de educação
EMEI
Escola Municipal de Educação Infantil
EI
Educação Infantil
ECA
Estatuto da criança e do Adolescente
LDB
Lei de Diretrizes e Bases da Educação
MEC
Ministério de educação infantil
NH
Novo Hamburgo
SMED
Secretaria municipal de educação
SUMÁRIO
RESUMO
Este trabalho traz uma análise de um dos
indicadores da qualidade da educação infantil, a saber, a dimensão “Cooperação
e Troca com as famílias e participação na rede de Proteção social”, da
perspectiva de observação e avaliação da instituição escolar EMEI Branca de
Neve, a escola em que exerço docência em uma turma de crianças na faixa etária
de dois anos de idade. Avaliação esta, quanto ao respeito e acolhimento das
famílias, garantia dos direitos de acompanhar as vivências e produções e a
participação da instituição na rede de proteção dos direitos das crianças. Relaciona-se
com algumas leis e normativas da EI no sistema municipal de educação e traz um
parecer desta instituição de Educação infantil com base em pesquisas realizadas
com as famílias e a comunidade escolar. Discute ainda algumas concepções
pertinentes as relações entre Escola e familiares das crianças e as funções as
quais exercem e representam na vida das crianças que são relevantes para se
estabelecer estas relações como fator importante para a qualidade da Educação
infantil.
Palavras-chaves: escola, familiares das crianças, qualidade da educação,
relação de parceria.
INTRODUÇÃO
A Educação Infantil segundo
a LDB “tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até 6 anos de
idade em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social,
complementando a ação da família e da comunidade” ( 1996, art.29). No exercício de nossa profissão de professor,
precisamos todos construir uma relação de parceria, escola, professoras, os
pais, as famílias e as crianças juntamente com outros setores de serviços públicos
(saúde, Conselhos, etc.) a fim de assegurarmos os direitos das crianças
enquanto sujeitos que necessitam dos adultos, na educação e proteção (entre
outras responsabilidades). Enquanto professores, precisamos contar com o apoio
da família de cada criança para que seu desenvolvimento aconteça em um processo
de superações e conquistas. Neste processo é relevante o afeto, o respeito, a
confiança e a cooperação mútua. E é neste sentido que o MEC apresenta como um
dos indicadores da qualidade na Educação Infantil a Dimensão de “Cooperação e
Troca com as Famílias e Participação na Rede de Proteção Social”. Esta dimensão
está sendo analisada aqui no contexto da Escola em que atuo como docente na
faixa etária de dois anos de idade, EMEI Branca de Neve da rede municipal de
ensino de Novo Hamburgo.
A
escolha pela análise deste
indicador deve-se ao fato de que com base
na minha caminhada como educadora, concluí que precisamos construir uma relação
de parceria entre professores, escola e familiares dos alunos como um dos
fatores relevantes para se desenvolver os projetos de aprendizagens, bem como
atuarmos em defesa dos direitos das crianças, neste caso, na Educação Infantil.
Um dos motivos é o fato de que a criança não é apenas um ser cognitivo (aluno)
e necessita de uma rede intercetorial de parcerias que garantam e favoreçam o
seu desenvolvimento integral, como, assistência social, médica, etc.
Compreender melhor como se dão estas relações de parcerias foi foco de meus
estudos no trabalho de conclusão do curso de Docência em Pedagogia, UFRGS,
2010, com o título de “a Relação de Parceria entre
Professor e Família como um fator importante no Desenvolvimento de Projetos de
Aprendizagens” [1].
Considerando que nem
sempre são as figuras de pai e mãe que respondem pelas crianças as questões
referentes á escola, mas quem representar esta função nesta relação, ou seja,
familiares e outras figuras é que o diálogo, a busca por melhores alternativas
para a resolução de possíveis conflitos e superação dos desafios, bem como,
definição clara das funções e influências que escola e família exercem no
desenvolvimento da criança e a cooperação, contribuem para a construção dessas
relações de parceria entre Escola e os familiares das crianças.
Com muita satisfação
avalio esta Escola quanto às dimensões “Respeito e Acolhimento” das crianças e
familiares, “Garantia do Direito das Famílias de acompanhar as Vivências e
produções das Crianças” e “Participação da Instituição na Rede de Proteção dos
Direitos das Crianças” como uma instituição que considera fundamental a
construção da relação de parceria entre Escola e familiares para desempenhar o
papel de coparticipação no desenvolvimento e construção de conhecimentos no
processo educativo e em colaboração e “complementação a ação da família e da
comunidade” (Art. 29 LDB/96).
Considero nesta análise
destas dimensões deste indicador de Qualidade na EI, os documentos orientadores
do MEC: Res. 05/09 (DCNEI), Parecer 20/09 da CEB/CNE, Parâmetros Curriculares
Nacionais para a EI, LDB/96, Referenciais Curriculares Nacionais para a EI, bem
como, Plano Municipal de Educação, Leis, Pareceres e Normatizações Municipais
para a educação Infantil no município de Novo Hamburgo. Em uma reflexão teórica-
prática do contexto sócio-histórico, das políticas de oferta da EI neste
município, as concepções de criança, de infâncias, de Escola, de professor, adulto
referência, conteúdo e tempos e espaços que caracterizam esta Instituição
Educacional.
OBJETIVO
A intenção
maior deste trabalho é a de apontar as relações entre Escola e pais e/ou
familiares dos alunos, bem como a construção de parceria entre estes, nos
processos educacionais de desenvolvimento e proteção da criança, como um fator
importante nas conquistas e possibilidades que se constroem a partir destas
relações de parcerias estabelecidas e, assim, apresentar a avaliação realizada
no contexto da Instituição Escolar EMEI Branca de Neve como positiva, atuante
na construção de uma Educação Infantil de qualidade onde os direitos das
crianças são observados.
1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
1.1 EMEI Branca de Neve
Possui um Projeto político pedagógico (PPP),
revisado ainda este ano por uma comissão que representou todos os segmentos da
Escola, o qual está submetido ao Conselho Municipal de educação (Lei nº 1358 de
28 de dezembro de 2005) e suas Leis norteadoras com base na LDB/96 da educação
Nacional, bem como Normas e Diretrizes Nacionais para da Educação. PPP criado
com registro de nº 420/99 DE 17/12/99
e Escola como parecer de credenciamento e autorização de funcionamento nº
745/2003 DE 25/06/2003.
Possui como recursos humanos uma
diretora, coordenadora, 7 professoras, duas estagiárias, uma secretária e
quatro funcionárias. Quanto ao atendimento é exclusivo na educação infantil
sendo que 56 crianças estão na modalidade creche (2 e 3 anos) e 39 crianças na
pré escola (4 anos). Os horários e turnos de atendimento ficam assim
organizados:
Horário de funcionamento da Escola: 6h50min
às 18h
Turno integral: 7h às 18h
Manhã: 7h30min às 11h30min
Tarde: 13h às 17h.
A metodologia educacional da EMEI
Branca de Neve é a de Projetos de Trabalho, pois “a grande flexibilidade do
pensamento da criança e seu constante desejo de exploração requerem a
organização de contextos propícios de aprendizagem.” (PPP da Escola/99,
revisado em 2012, p. 27)
Por acreditar que as crianças são
capazes, possuem potenciais e desejos e também que a escola é a um lugar rico
de oportunidades, busca na metodologia de projetos um caminho para a construção
da autonomia moral e intelectual da criança.
1.2 Análise
Construir relações de parceria entre
pais, professores e outros setores de serviços públicos e privados no
atendimento e busca pelos direitos das crianças depende de vários fatores,
entre eles, os objetivos pelos quais a criança foi matriculada na escola.
Muitos ainda vêem a educação infantil como assistencialista, seja porque a mãe
esta no mercado de trabalho e não tem com quem deixar o filho, seja porque têm
na escola as condições necessárias de cuidado, alimentação e mensalidade que se
encaixa na renda da família, etc. Cito também o fator histórico cultural onde
ainda no final do século IX e início do século XX, a escola possuía caráter
obrigatório. Sendo assim a criança recebia
uma educação cívica, higiênica, disciplinar e aprendia uma língua nacional que
não era a falada na família. É muito
recente algumas concepções de participação e envolvimento com as instituições
educacionais por parte da sociedade como um todo. Ainda estamos construindo
alguns conceitos como: gestão democrática, comunidade escolar, infâncias,
instituição escolar pública, professor de educação infantil, educação infantil,
etc. Historicamente, muitas pessoas ainda não veem a escola, os professores, a
comunidade escolar e a própria educação, como uma relação e história que devem
ser construídas por todos os envolvidos, os pais, alunos, professores, enfim,
toda a comunidade escolar. Acredito que ainda devemos buscar compreender o significado
de a Escola ser uma instituição pública (de todos e para todos).
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a EI (2010, p. 7) observa que “o
campo da EI vive um intenso processo de revisão de concepções sobre educação de
crianças em espaços coletivos, e de seleção e fortalecimento de práticas
pedagógicas mediadoras de aprendizagens e do desenvolvimento da criança”.
1.3 A luz dos documentos
Os
indicadores da qualidade da EI (2009, p. 55), ressalta a importância da Escola
e familiares das crianças participarem da “chamada Rede de Proteção aos
Direitos das Crianças” em uma articulação entre os serviços públicos, de saúde,
de defesa dos direitos, etc., afim de que a sociedade contribua para que “as
crianças sejam sujeitas de direitos” conforme o ECA.
Avalio
a EMEI Branca de Neve quanto às dimensões citadas como uma Instituição Escolar
que respeita e acolhe as crianças, familiares e a comunidade em que está
inserida. Em todas as decisões a serem tomadas e que se referem à escola, são
realizadas reuniões com os pais, professores e sempre que necessário à comunidade
também é chamada a participar. Um exemplo disso é a Escola ter ganhado o
primeiro lugar pelo segundo ano consecutivo nas suas demandas no Orçamento
Participativo de NH com a participação ativa da comunidade. Outro destaque
importante é a atenção especial pelo qual a escola organiza o período de
adaptação das crianças. Os familiares mostram-se seguros e valorizados em suas
posições consideradas pela equipe diretiva e professores em uma gestão
democrática. Observo que os profissionais que trabalham nesta Escola sentem-se
também respeitados pessoal e profissionalmente[2].
No entanto, os critérios para matrículas das crianças na
escola deixam a desejar, pois são estabelecidos pela SMED e como toda a rede de
ensino ainda precisam estruturar-se de forma a ampliar o atendimento e vagas na
EI, segundo a radiografia da EI no RS, análise do desempenho 2009/2010, o
Município de NH atende apenas 17% da população de crianças. No entanto, sempre
que necessário os familiares das crianças com necessidades educativas especiais
são orientados a buscar atendimento especializado, auxiliados em suas buscas e
a conhecer seus direitos bem como de seus filhos. A inclusão na rede pública
municipal é fundamentada no Parecer 20/2007, título 4, item c, o qual Estabelece
condições para a oferta da Educação Infantil no Sistema Municipal de Ensino de
NH quando diz que “a educação, em todos os níveis deve ser inclusiva e
social” e que cabe ao educador estabelecer os recursos pedagógicos e didáticos
para atender os alunos com atenção especial aos que demonstram desempenho
diferente. Acredito que é uma menção muito abrangente e generalizada deixando a
desejar suas especificidades e contextualizações, tal a importância de uma
educação inclusiva de qualidade. Já a Lei nº 1036 a qual dispões sobre a
reserva de 10% das vagas que devem ser reservadas a crianças portadoras de
necessidades especiais que diz que o atendimento será feito por profissionais
capacitados, mais uma vez nada conclusivo e especificado de forma clara, pois
na realidade profissionais sem formação e capacitação específicas atuam na
educação inclusiva desta rede de ensino. Já o PME, página 37, item t, traz como objetivos e metas a
educação inclusiva a ser promovida em parceria com as secretarias da saúde e
Assistência Social. O Sistema Municipal de ensino é instituído pela Lei nº 1353
onde o capítulo IV trata da Educação Especial, do art. 25 ao art. 27 conceitua
sua concepção, diz que as crianças receberão apoio especializado e atendimento
específico quando não for possível a integração destas crianças na rede regular
de ensino, assegurando currículos e métodos especiais, terminalidades específicas,
professores com especialização em nível médio ou superior e educação e acesso
igualitário as outras crianças a benefícios dos serviços públicos e que o poder
público assegurará preferencialmente o atendimento as crianças na rede regular
de ensino. Mas, particularmente acredito que nem os cursos de magistério, nem
tão pouco os de formação para professores em nível superior atendem em seus
currículos as especificidades da EI, muito menos da educação especial com a
profundidade e complexidade que deveriam. Cada vez mais os professores
deparam-se com uma realidade em suas práticas docentes em que são necessários
força de vontade para estudar “por conta”, para realizar um trabalho de
qualidade. E, ainda precisam lutar por uma educação de qualidade muitas vezes
contra o próprio sistema educacional vigente.
Ainda
na Escola observada, acredito ser bem positivo o fato de que as reuniões com a
comunidade escolar são frequentes (no mínimo uma vez por mês) e as famílias são
orientadas quanto à metodologia, critérios de avaliação e registros das
vivências das crianças no cotidiano escolar. A escola apresenta projetos
inovadores e é referência na mídia como exemplos positivos, um dos fatores pode
ser o fato de que os professores na sua maioria possuem formação superior e
especialistas em educação, assim como uma equipe diretiva que incentiva a
formação continuada e ampara estruturalmente os professores nas demandas para
construir uma educação de qualidade.
Os casos de negligência dos direitos das
crianças enquanto sujeitos de direitos sociais, a escola toma as devidas
providências como contatar as famílias acompanhando a frequência das crianças,
investigando e procurando compreender as razões das faltas, encaminhando os
casos, quando necessários ao conselho tutelar. Assim também quando há suspeitas
de violências, exploração, etc. Nos casos de doenças infecciosas a escola
acompanha e orienta as famílias nos procedimentos adequados a serem tomados
comunicando ao Sistema Municipal de Saúde. Porém o que acredito faltar na
escola é um atendimento em sala de recursos multifuncionais as crianças com
deficiências e necessidades de atendimento educacional especializado,
tornando-se muito lento este atendimento na rede pública devido a grande
demanda e poucos recursos no sistema da rede municipal.
1.4 Histórico da Comunidade Escolar
Segundo
registros no PPP, a escola EMEI Branca de Neve existe hoje devido a necessidade
dos moradores do Bairro Rincão ter uma área de lazer, o prefeito da época,
inaugurou no dia primeiro de maio de 1981 o Parque do Trabalhador, conhecido
pela comunidade como “Buraco do Raio”. Este nome justificava-se pela crença de
que um raio havia caído no local, formando um buraco, hoje não é visível,
ficando uma área verde sobre o local. O responsável pela administração do
parque na época juntamente com a comunidade, preocupou-se então em fazer do
parque não somente uma área verde, mas também um local onde a população do
bairro tivesse assistência médica e odontológica e pudessem deixar seus filhos
para trabalhar. Fundou-se assim, um centro social dentro do Parque do
Trabalhador.
A
Administração Municipal em parceria com clubes sociais da época, resolveram
instalar uma Casa da Criança dentro do Parque, para satisfazer as necessidades
da comunidade, que seria um centro social completo com recursos financeiros do
próprio município, sem qualquer participação de órgãos estaduais.
Em
06 de junho de 1981 foi inaugurado pelo prefeito a Casa da Criança, no parque
do Trabalhador, estando presentes no ato a Secretaria Municipal de Saúde e Ação
Social, o presidente da Orbis Clube, o administrador do Parque e pessoas da
comunidade, prestigiando este grande evento que foi noticiado em jornal e
rádio.
Mais tarde, a Casa da Criança recebeu o nome
de Creche Municipal Branca de Neve, por uma norma estipulada na época de que
todas as creches deveriam ter nome de fábulas, não se atendo a nome de pessoas.
1.5 Perfil da Criança da EMEI Branca de Neve[3]
As crianças
matriculadas na EMEI Branca de Neve possuem um perfil em que a maioria dos
alunos tem uma vida financeira estável, onde moram em casa própria, com seus
pais (pai e mãe), com empregos formais de carteira assinada, tem família
relativamente pequena com poucos irmãos (um ou dois), cuja religião divide-se
em católica e evangélica e as participações em algum grupo social se restringe
à igreja e eventos familiares. Os pais são jovens e com poucos anos de
casamento, dois últimos dados são baseados na nossa observação, nos sentimos
seguros em fazer algumas observações porque os conhecemos como pais de nossos
alunos. Percebemos que os pais que demonstram insegurança com relação à escola,
são os pais de crianças em que é o primeiro ano de vida escolar de seus filhos.
Esta insegurança está baseada em experiências vivenciadas por eles mesmos na
infância ou por parentes e conhecidos, pois no máximo há pouco mais de uma
década atrás, a Educação Infantil ainda era vista como assistencialista, muitas
vezes as educadoras eram “tias” com pouca ou quase nenhuma formação. Ainda é
muito recente a ideia de que Educação Infantil é a primeira etapa da educação
básica. Somente com a Constituição de 1988 é que a educação de zero a seis anos
é entendida com uma conotação educativa. É na lei de Diretrizes e Bases/1996
que a Educação Infantil deixa de ser tratada como assistencialista para
adquirir o conceito educativo.
Percebemos ainda que a maioria dos pais
demonstra deixar seus filhos na escola porque precisam trabalhar e não têm com
quem deixar as crianças. Os pais que demonstram matricular seus filhos na
escola com a intenção de que eles tenham uma educação em complementação com a
familiar e de suas funções, aliás, consciente de suas funções, estão mais
abertos ao diálogo e a construir uma relação de parceria com os professores na
vida escolar de seus filhos. Ainda é possível se perceber traços de cultura,
diríamos pejorativa do verdadeiro papel da escola na formação e desenvolvimento
das crianças, nas respostas das entrevistas com os pais dos alunos. Quando
esperam, na maioria dos entrevistados, que a escola eduque seus filhos para que
sejam homens de bem (valores) e, que ensinem a se comportar de forma
disciplinada. Quando se questionou de que forma escola pode ajudar as famílias
e vice-versa, responderam na maioria que os pais ajudam indo nas reuniões e
pagando a mensalidade espontânea ou ajudando nas ações da escola em angariar
fundos. A maioria dos pais parece desconhecer totalmente o verdadeiro papel e
formação dos professores na educação infantil. Acreditamos que esta consciência
ou falta de é resultado de uma cultura, pois até mesmo pessoas intelectualmente
admiráveis, demonstram às vezes, não ter claro a concepção de educação infantil
segundo a LDB/96 e outros documentos normatizadores da EI.
Quanto às crianças possuem como uma de
suas principais características o envolvimento com as propostas apresentadas.
Participam da maioria das situações que favorecem as aprendizagens com alegria
e disposição, desenvolvendo-se e construindo seus conhecimentos.
Demonstram um desenvolvimento
saudável, muita energia, pulam, correm e às vezes querem mover-se mais rápido
do que sua capacidade de locomoção. A linguagem mostra-se clara para alguns e
outros em processo de aquisição e construção.
Mostram-se carinhosos, afetivos, às
vezes ansiosos e expressam os seus sentimentos e emoções. Fazem acordos e
combinações e já percebem a necessidade das regras, contudo faz-se necessário
retomá-las seguidamente.
Esta Escola tem como objetivo envolver
os alunos nas questões da valorização do meio ambiente. Possui um projeto
institucional focado nas questões ambientais, motivando a todos a se integrarem
no processo da educação para a sustentabilidade.
São muitas conquistas e experiências
importantes que marcam as vivências na Escola. A cada dia as crianças
mostram-se mais inseridas: conhecendo, brincando e se relacionando; percebendo
que a Escola pode, e deve ser um espaço de aprender e de ser feliz!
2 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Segundo
o Parecer 20, 2009 (p. 5) o desenvolvimento integral da criança na EI deve “ser
necessariamente compartilhado com a família, [...], que nesse momento de suas
vidas, vivenciam o mundo, constroem conhecimentos, expressam-se, interagem e
manifestam desejos e curiosidades de modo bastante peculiares”.
Para se estabelecer esta relação de parceria tão importante entre pais e professores
a escola desenvolve estratégias com ações tais como:
·
Mostrar à família, as
conquistas no processo de desenvolvimento da criança. Nas reuniões,
fotografias, filmagens, recados e incentivos nas agendas e através das
conversas de porta de sala de aula.
·
Em todas as atividades deixar
claro para os pais os objetivos, através das experiências
significativas.
·
Considerar o respeito às
diferenças e a capacidade de trabalhar em cooperação, ou seja, qualidade das
relações interpessoais.
·
Construir espaços de diálogo
livre de preconceitos com a família e que promovam a participação da família
nas atividades, curriculares e não curriculares.
·
E, por fim, mas não menos
importante, compreender a escola e a inter-relação com a família como um
processo e não como um produto acabado. “A escola não é e sim está sendo” (TEIXEIRA
DOS SANTOS, 2007, p. 25).
Segundo Micheli (2007), a
criança é quem mais será influenciada com a relação de parceria entre os pais e
a professora. Acredito que este é um dos fatores, pelo qual esta escola, consegue
estabelecer esta parceria com as famílias.
Acredito que na educação
Infantil, as crianças dependem bastante dos adultos por estarem em fase de
construção da linguagem, por exemplo, família e escola precisam ainda mais
estabelecer esta relação de parceria. Percebo que nesta escola os professores
possuem uma prática de transmitir aos pais, seus objetivos bem como as
reflexões teóricas e práticas com relação às ações pedagógicas realizando um
trabalho em conjunto num processo de parceria.
Observo também uma relação de confiança com os
familiares que respondem pelas crianças nas questões relacionadas à Escola. Os
professores criam situações de atenção individualizada, como por exemplo, as
conversas na chegada e saída da Escola. Os familiares não demonstravam “ter
muito tempo” para dispor, deixam e buscam as crianças na escola rapidamente,
sempre “na correria” do dia a dia.
Acredito que fatores como as
influências sócio-históricas, as experiências particulares com as creches e os
motivos pelos quais os pais matriculam as crianças na escola, influenciam nas
relações. Quando estes se apresentam de forma negativa, cabe a nós professores
mudar estas concepções através de ações que conquistam a confiança e respeito
dos pais.
A Educação Infantil na
condição de instituição familiar ou escolar promove além dos cuidados
específicos a cada faixa etária da criança, a formação de sua personalidade. É
fundamental que as funções de professores e familiares sejam integradas e definidos
claramente os papéis de cada um e juntos construir uma parceria que visa o
desenvolvimento integral das crianças e a observação de seus direitos.
A participação das famílias
nas tarefas solicitadas pelas professoras, os diálogos com os familiares são
valorizados nesta Escola para juntos, proporcionar às crianças, vivências que
auxiliam na construção das relações com o próprio corpo, com os outros e com o
ambiente. À medida que os professores dialogam com as famílias, estes passam a
ver as crianças em formação e não mais como “uns bebês”, facilitando, assim, o
desenvolvimento da autonomia colocando-os como interlocutores nos diálogos e a
considerá-los como indivíduos nas inter-relações. Quando é necessário mudanças
de hábitos e atitudes familiares, por exemplo, os familiares são lembrados
diariamente.
Nos eventos e projetos em que se conta com a
colaboração dos familiares, estes se fazem presentes como o da Páscoa, o rodeio
crioulo (ensaio das trovas em casa com as crianças), recepção nas casas para as
entrevistas, dia das mães (presente para as mães), autorização para saídas e
passeios pedagógicos, envio das frutas para a salada de frutas na escola,
comprometimento em devolver os livrinhos regularmente (projeto da biblioteca),
participação nas oficinas em comemoração ao aniversário da escola, dia da
família na escola e outros. O que pode favorecer as ações que possuem como
centro de interesses a criança é todo um contexto o qual fazem parte o meio, as
condições, circunstâncias e possibilidades oferecidas pelos adultos. Familiares
e professores, são os mediadores e diante das dificuldades que surgem juntos
discutem as formas para a superação dos limites e desafios.
Observo também uma sensibilidade
de constatar possíveis problemas na relação dos pais com a criança ou problemas
dos próprios familiares que são atribuídos à criança. Na medida do possível, a
escola estabelece parcerias com outros profissionais em outras áreas dos
conhecimentos, como, por exemplo, psicólogo, fonoaudiólogo, dentista, etc. Quando
os pais percebem o interesse dos professores ou até mesmo da Escola como um
todo em querer desenvolver um trabalho com vista no melhor para a criança,
demonstram querer comprometer-se mais para compreender como podem auxiliar seus
filhos. Percebo isso à medida que são solicitados a cooperarem nas atividades
desenvolvidas e no retorno aos pais das conquistas e pontos positivos.
No entanto, com base em
minhas experiências, é sempre possível haver na Escola crianças as quais os
pais e familiares não exercem suas funções, cuja relação de parceria não seja
estabelecida, acredito que o professor necessite buscar outras parcerias com
outros profissionais, dentro e fora da escola, definir outras estratégias de
ações para que a criança seja atendida nas suas especificidades.
REFERÊNCIAS
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Nacional da Educação. Diretrizes Curriculares nacionais da educação infantil. Parecer
20/09 e resolução 05/09. Brasília, MEC, 2009.
BRASIL.
Conselho Nacional de Educação. Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília, 2009.
BRASIL. Constituição. Constituição da
República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988.
BRASIL.
Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial
Curricular Nacional para a Educação Infantil. , Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL.
Senado Federal. Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional: nº 9394/96. Brasília : 1996.
BRASIL/MEC/SEB.
Indicadores de qualidade na Educação
Infantil. Brasília, MEC/SEB, 2009.
BRASIL/MEC/SEB.
Política de educação infantil no Brasil:
Relatório de avaliação. Brasília: MEC, SEB; UNESCO, 2009.
BRASIL/MEC/SEB.
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Infantil: bases para reflexão sobre as orientações curriculares. Projeto de Cooperação Técnica MEC / UFRGS para
Construção de Orientações Curriculares para a Educação Infantil. Brasília, MEC/SEB/ UFRGS, 2009
BRASIL/MEC/SEF.
Parâmetros Básicos de Infraestrutura
para Instituições de Educação Infantil. Brasília, MEC/SEF, 2006.
BRASIL/MEC/SEF.
Parâmetros Nacionais de Qualidade para a
Educação Infantil. Brasília, MEC/SEF, 2006.
BRASIL/MEC/SEF.
Política Nacional de Educação Infantil:
pelo direito das crianças de 0 a
6 anos à Educação. Brasília, MEC/SEF, 2005.
CAMPANHA
NACIONAL PELO DIREITO À EDUCAÇÃO. Consulta
sobre qualidade da educação infantil: o que pensam e querem os sujeitos deste
direito. São Paulo, Cortez,2006
CAMPOS,
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que respeite os direitos fundamentais das crianças. Brasília:
MEC/SEF/COEDI, 1995.
CAMPOS,M.M.,
FULGRAF,J, e WIGGERS,V. Qualidade na
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BRANCA
DE NEVE. Escola Municipal de Educação Infantil. SMED, Novo Hamburgo. Projeto Político Pedagógico. Decreto da
Criação Nº 420/99 DE 17/12/2009, p.2 a 69.
MINISTÉRIO da Educação Secretaria da Educação
Fundamental. Departamento de
NOGUEIRA,
Micheli Lima. Comunicação entre pais e
educadores: Refletindo sobre a experiência de uma turma. Universidade
Federal do rio Grande do Sul, disciplina de EDU 02003, conclusão do curso de
Pedagogia. Porto Alegre, 2º semestre de 2007.
NOVO
HAMBURBO. Lei
Municipal Nº 1.358, DE 28/12/2005. Institui o Conselho Municipal de Educação -
CME. Câmera municipal de Novo hamburgo. Prefeito municipal de Novo Hamburgo.
NOVO HAMBURGO. Lei Nº 003/14L/2008, de 03
de janeiro de 2008. Aprova o Plano Municipal de Educação e dá outras providências. Câmera municipal de Novo Hamburgo. Prefeito
municipal de Novo Hamburgo.
OLIVEIRA.
Zilma Ramos de. Educação Infantil -
Fundamentos e Métodos. São Paulo: Cortez, 2002.
Políticas Educacionais. Coordenação Geral de
Educação Infantil. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil.
Brasília: MEC/SEF/DPE/COEDI, 3v., 1999.
APÊNDICE A - Entrevista com os pais para levantamento de dados
Querida família: Estamos enviando este questionário para
fins de coletar dados necessários para o preenchimento dos documentos
referentes ao estágio da professora Elisângela no curso de pedagogia na UFRGS.
Não é necessário assinar ou mencionar nomes por serem perguntas para fins
estatísticos. Agradecemos com carinho, pois, conhecer a realidade de nossas
crianças nos dá subsídios para melhorar nosso trabalho.
1.
Idade da criança:-
-----------------------------------------------------
2.
Qual a distância da escola e sua casa? Perto?
Longe? Casa própria ou
aluguel?-----------------------------------------------------------------
3.
Quantos moram na
casa?------------------------------------------
4.
Liste
quem é: (mãe, etc.)
a----------------------, profissão:--------------------------------escolaridade---------
b----------------------,
profissão---------------------------------escolaridade---------
c----------------------,
profissão---------------------------------escolaridade---------
d----------------------,
profissão---------------------------------escolaridade---------
e----------------------,
profissão---------------------------------escolaridade---------
f-----------------------,
profissão---------------------------------escolaridade---------
5.
Local de trabalho dos pais ou responsáveis:
6.
Religião:
7.
Participam de alguns eventos, festas, etc.? Quais?
8.
Origem familiar, descendência:
9.
Atividades que a criança e a família participam fora da escola:
10.
Tempo de permanência na escola (integral meio turno?)
11.
Período de adaptação da criança, como foi?
APÊNDICE B - Pesquisa sócio-antropológica 2010
EMEI BRANCA DE NEVE
Nome do (a) aluno (a):
Turma:
Pessoa (s) entrevistada (s):
Parentesco:
Grau de escolaridade:
Número de pessoas da residência:
Endereço:
Quanto tempo mora nesta cidade:
QUESTÕES:
1) Que futuro você espera para o seu
filho?
2) Como a escola pode ajudar no futuro
do seu filho?
3) De que maneira você pode ajudar a
escola?
4) Como a escola pode melhorar a vida
da comunidade?
5) Como a comunidade pode ajudar na
educação?
6) Como você participa da escola?
7) Como você pode ajudar o seu filho
na escola para que ele tenha sucesso?
8) O que você pensa que o seu filho
deve aprender na escola?
9) Você pensa que é importante
conversar com seu filho?Por quê? Em que momento isso acontece?
APÊNDICE C- Pesquisa de Satisfação 2012
Queridas famílias, estamos enviando a
pesquisa e contamos com a sua colaboração. Sua resposta é muito importante para
qualificação do nosso trabalho. Devolver no ato da rematrícula.
1. Você acha que a forma das
professoras proporem as atividades é
adequada? ( )Sim
( )Não
Comente:
______________________________________________________
2. Como você avalia o relacionamento das
professoras com os pais e com os alunos?
( )Bom (
)Regular
( )
Insuficiente
Comente:
_____________________________________________________
3. Como você avalia a dedicação das
professoras do seu filho? ( )Boa
( )Regular (
)Insuficiente
Comente:______________________________________________________
4. De maneira geral, você considera a
escola organizada? ( )Sim
( )Não (
)Em parte
Comente:
_____________________________________________________
5. Você sente falta de alguma instalação
(espaço físico, estrutura, mobiliário)
que a escola não possui? ( )Sim.
Qual?___________________________ ( )Não
6. Os ambientes da escola têm limpeza
adequada? ( )Sim
( )Não ( )
Em parte
Comente:______________________________________________________
7. Você observa alguma mudança nos hábitos
alimentares do seu filho após a entrada na escola? (
)Sim ( )Não
( ) Em parte
Comente:
____________________________________________________
10. Como você considera a integração de sua
família na escola nos eventos festivos (Carreteiro, Dia das Mães/ Pais,
comemorações diversas...)? Destaque qual
foi mais significativa ( )Boa ( )A
melhorar
Comente:_______________________________________________
11. Você tem interesse que seu filho
participe de alguma atividade extra
classe (dança, capoeira, balé, aula de música, entre outros), mesmo que
tivesse algum custo? ( )Sim. Qual?_____________________________________
( )Não
12. Você considera a dinâmica utilizada nas
reuniões eficiente? ( ) Sim
( ) Não
Suas dúvidas são esclarecidas? (
)Sim ( )Não
Comente:____________________________________________________________
13. Em que aspectos você acha que a escola
poderia melhorar?
(
)Infra estrutura (
)Comunicação entre professor/pais
(
)Comunicação entre secretaria/pais ( ) Atividades extra classe
( )
Eventos festivos
( ) Reuniões de pais
(
)_____________________________
14. Aponte um destaque de 2012. O que mais
lhe chamou atenção esse ano?_______________________________________________________________
15. O que você pensa sobre escola/educação?
______________________________________________________________
16. Nos dias de hoje, o que você considera
importante ser trabalhado na Educação Infantil?
______________________________________________________________
17. O que você considera importante para
uma escola que contemple a educação inclusiva (atendimento a portadores de
necessidades educativas especiais)?__________________________________________________________
18. Sugestões para 2012:
______________________________________________________________
19. Você conhece a proposta pedagógica da
Escola? ( ) sim, ( )
Não, (
) Se não, gostaria de conhecer? Se sim, acha ser adequada?
__________________________________________________________
20. A proposta de trabalho da Escola
respeita e valoriza as diferenças (brancos, descendentes afros, gordo, magro,
apelidos, mulher, homem,
etc.)_____________________________________________________________
21. As famílias sentem-se acolhidas e
tratadas com respeito na Escola?__________________________________________
22. A Escola orienta e acompanha os
familiares nos processos de busca e defesa dos direitos das crianças frente aos
serviços públicos (conselho tutelar, especialidades médicas...) quando
necessário? ____________________________
APÊNDICE D- Termo de autorização de dados:
Eu, Neida Hoch Wilmsen diretora da Escola Municipal
Branca de Neve, de forma voluntária autorizo Elisângela Martins Rodrigues
autorizo o uso e divulgação dos dados referentes a esta Instituição de Educação
Infantil, citados neste Trabalho Avaliativo Final para a Disciplina Infâncias e
Crianças na Cultura Contemporânea e nas Políticas de Educação Infantil:
Diretrizes Nacionais e Contextos Municipais, curso de Especialização em
Docência na educação Infantil da Universidade Federal do Rio Grande do sul.
Trabalho realizado com o título de “INDICADOR
DE QUALIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: DIMENSÃO COOPERAÇÃO E TROCA COM AS FAMÍLIAS
E PARTICIPAÇÃO NA REDE DE PROTEÇÃO SOCIAL”, como representante legal desta
instituição de Educação Infantil.
Novo Hamburgo, 19 de outubro de 2012.
__________________________________________________________________
Assinatura
do diretor e carimbo
[1]
Visível em: http://elisufrgs.blogspot.com.br/2012/01/relacao-de-parceria-entre-professores-e.html
(visualizado em 19/10/2012).
[2]
Pesquisa de satisfação realizada ao final de cada ano letivo (reavaliada neste
ano de 2012): Anexo “C”.
[3]
Perfil da comunidade escolar com base nos dados observados em entrevista
realizada no ano de 2010: Apêndice “A”e “B”.
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