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22 de ago. de 2008

COMPREENDENDO CONCEITOS E TECENDO APRENDIZAGEM...

COMPREENDENDO CONCEITOS E TECENDO APRENDIZAGEM...

“Políticas Públicas e Gestão da Educação em Tempos de Redefinição do Papel do Estado.”
Confesso que em relação às atividades anteriormente realizada, sobre Conceitos Estruturantes, eu, pouco ou nada sabia sobre estes conceitos (democracia, estado, globalização, participação, neoliberalismo, política, políticas públicas e políticas educacionais).
Percebi que ter estas noções é fundamental para entendermos o processo e a situação atual do ensino no Brasil. Além de definir, compreender conceitos politicamente suas estruturas e o percurso que os movimentos políticos e sociais percorrem, para podermos ter, como professores, uma ação que represente as funções sociais que devem ser praticadas pela e através da educação.
Saber que em nosso país, as políticas sociais possuem três momentos no último século: Controle da política (ditadura de Getúlio), política de controle (ditadura militar) e período de democracia (política social sem direitos sociais).
Indo além de definir conceitos, perceber que a política educacional é parte da redefinição do papel do estado, partes de um mesmo movimento deste período do capitalismo.
A educação hoje é um retrato dos interesses propostos pelo neoliberalismo. Plano da Reforma do Estado (PRE) como estratégias para reduzir a sua atuação nas políticas públicas educacionais. Transferir para o setor privado as atividades que podem ser controladas pelo mercado. (Brasil, Maré, 1995, p.11).
O PRE busca racionalizar recursos diminuindo seu papel no que se refere à políticas sociais. Estas serem repassadas para a sociedade.
Tudo o que antes eram indagações e revoltas por não sei o que exatamente, tendo lido estes textos solicitados para estudos, compreendi a atual situação e o papel que nós escola devemos desempenhar, nossas revoltas devem começar a ser mais propositivas e não apenas ficarmos na defensiva.
A grande questão é a função social para garantirmos um ensino de qualidade. Construirmos a gestão democrática, implantando-a num processo que requer diálogo e participação coletiva de todos: pais, alunos, professores, direção, em fim a sociedade como um todo.
O que se vê nas escolas hoje é a prioridade pela inclusão, nenhuma criança fora da escola, e neste sentido a escola acolhe tirando das ruas as crianças que são problemas. O estado livra-se destas políticas sociais empurrando para as escolas e livrando-se legalmente de suas funções.
Para este entendimento estudar os conceitos antes já citados, é de suma importância para tecer a teia da compreensão da atual situação da falta de qualidade da educação e a função social desta nas ações de mudanças.
Não basta garantir o acesso à educação, é necessário garantir o acesso, permanência e sucesso nas escolas, coisa que ainda não se vê não se tem.
Assim a democratização da educação indica a necessidade de que processo educativo seja um exercício democrático.
Neste sentido, a democratização da educação vai além do atendimento escolar significa uma postura assumida pelos gestores educacionais (administração escolar). Precisamos de uma organização escolar que se desenvolva como exercício de cidadania.

Biografia: Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares;
POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO DA EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE REDEFINIÇÃO DO PAPEL DO ESTADO _Vera Maria Vidal Peroni

3 comentários:

Mário Augusto disse...

Olá Elisângela, tudo tranqüilo? pelo que li parece que não. Então, não é de hoje que o desmonte da educação vem acontecendo. Já na Constituição de 1988, alguns setores da sociedade queriam que a educação fosse uma obrigação da família, logo não seria do estado, por tanto, não precisaria haver escolas públicas. Mas esses setores não conseguiram graças a pressão de políticos, e o voto contrario,da esquerda. Queiramos ou não, tudo passa pela política, então esta tem que estar de alguma forma sendo debatida nas escolas entre professores, alunos e comunidade escolar. Pois é só assim que poderemos perceber quem está realmente valorizando a educação e aqueles que fazem discurso vazio. Um rápido exemplo: em todos os momentos desde a abertura política em nosso país, aqui no RS, sempre que o magistério que mobilizou em frente ao palácio Piratini, de modo geral, todos os governadores colocaram a polícia de choque cercando o mesmo. Talvez muitos professores reunidos representasse para eles risco de morte ou assalto. Houve um momento na história do magistério gaúcho que isso não ocorreu, foi na gestão de Olívio Dutra. Tu podes pensar:esse cara é petista. Mas o fato é que quando da greve na gestão petista, o governador não botou um brigadiano a mais em frente ao palácio, muito menos polícia de choque com pastor alemão. pediu que se formasse uma comissão e recebeu-os para conversar. É verdade que o magistério também não teve grande aumento salarial na gestão do Olívio, mas pode dialogar. Numa democracia o diálogo é fundamental. Penso que naquele momento a educação foi valorizada, pois os educadores que lá estavam foram tratados com o devido respeito que merecem, enquanto que os governadores, incluindo a Yeda, que representam a direta do país, que são os mesmos que queriam em 1988 que a educação fosse constitucionalmente uma obrigação da família, trataram os professores como marginais ou até pior que isso devido ao tamanho do aparato policial que movimentaram e movimentarão novamente se for preciso para não entrar em diálogo conosco. Até mais!

Unknown disse...

Oi Elisângela, sou a professora Mariângela Bairros da interdisciplina Organização da Escola de ensino fundamental.
Adorei teu blog e tuas reflexões.
Espero que possamos trocar muitas idéias na nossa interdisciplina.
beijos

Tutora Daisy disse...

Boa postagem.