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23 de nov. de 2008

ESTUDANDO E EVOLUINDO



Desculpem-me iniciar com um discurso bem pessoal, mas não poderia ser diferente já que sou eu quem analisa os aspectos solicitados neste semestre de 2008/2. Na primeira atividade do Seminário Integrador, eixo V, foi-nos solicitado que levássemos uma questão filosófica, pois, tive uma: _ Qual a explicação para que em minha vida, tudo o que desejo saber ou fazer, faz parte do que devo resolver de uma forma ou outra, sempre é a próxima atividade do curso PEAD?
No início deste semestre que está terminando, estava em um momento de minha vida onde minha maior dificuldade era a falta de tempo para que eu desempenhasse todas as minhas tarefas, uma das atividades do curso era organizar meu tempo e refletir sobre este. (VER TABELA http://elisangela.pbwiki.com/TEMPO). À medida que o tempo foi passando e o curso seguia o processo de desenvolvimento, fui avaliando a teoria e tomando atitudes que resultaram em ação e transformação em minha vida: fechei a escolinha que tinha em minha casa, fiz uma mudança de residência e hoje trabalho às 40 horas na escola e, o restante do tempo eu vivencio a mãe, a aluna do PEAD, a namorada e a Elisângela mais tranqüila e “com as rédeas de sua vida nas mãos”. Valeu PEAD!!!

21 de nov. de 2008

É NECESSÁRIO CONSTRUIRMOS A GESTÃO DEMOCRÁTICA.

Com certeza a gestão democrática é um desafio. A consciência e compromisso profissionais dos educadores, ao definirem as responsabilidades que solidariamente assumem de ação educativa, defrontam-se com os sistemas organizados do ensino, com as leis e normas que as regem, com as armaduras institucionais da escola e com as determinações econômicas políticas e culturais da sociedade mais ampla. Este confronto dificulta e interfere fazendo uma separação entre o fazer e o dirigir, basta olharmos os desmandos e arrogância de nossa atual governadora, impondo um projeto de lei que vai nos tirar o plano de carreira o qual foi construído e conquistado com muitas lutas nesta que é uma batalha solitária em defesa da educação. Lutar por uma qualidade de ensino parece ser uma luta apenas dos professores não sendo muitas vezes compreendidos nem pelos alunos que são o objeto de defesa, a menina dos olhos de nós educadores.
Gestão democrática pressupõe o respeito ao outro. A escola democrática é uma conquista de todos e compreende a participação da sociedade. Para que consigamos enquanto professores fazermos parte atuante da gestão democrática necessitamos do apoio da comunidade, mais do que isso, é essencial sua atuação efetiva em todos os aspectos.
Porém a autonomia dos educadores encontra limites na escassez de recursos, como se estes não fossem necessários à qualidade do ensino. Administrar a escola é lidar com estas contradições, sem desconhecer e sem negar a possibilidade de vencer cada um dos desafios. Requer uma estratégia consensual onde não haja planos individuais de ação, mas na força do entendimento e comprometimento em todos os âmbitos de planejamentos e ação.
Quando a comunidade é presente na escola esta se torna a voz e a vez representando o exercício da cidadania. Pois a Gestão Democrática está inserida num processo bem mais amplo de democratização da comunidade e ainda estamos vivendo um exercício de democracia. O conflito entre teoria e prática há por que a democracia ainda precisa ser construída. E é para isso que estamos aqui e aí. (Marques, Mário Osório. A FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO. Editora UNIJUI, 1992).

14 de nov. de 2008

INCLUSÃO OU EXCLUSÃO???

A constituição brasileira (1988), com efeitos para a área educacional com debates que se estabeleceram a partir desta, até o ano de 1996 resultando na LDB da Educação Nacional (Lei 9394/96). Lei esta que instituiu a democratização o ensino em todos os níveis. Pela ótica de Sacristán (2001:35) “uma escola democratizada é uma escola plural, inclusiva e obrigatória.” Na prática essa expressão inclusiva torna-se às vezes uma verdadeira cena de terror. Crianças com necessidades especiais, inclusive patologias psíquicas são colocadas dentro de salas de aula e professores sem especialização (até por que a nossa é em pedagogia), tem de dar aulas. Não é só o não saber o que fazer, é o não poder e o não conseguir fazer por não ser de nossa especialidade este fazer. Tenho vivenciado isso em minha prática docente, Não são raros os momentos sem que sinto-me de mãos amarradas por não conseguir dar as minhas aulas como o planejado e nem de forma nenhuma. A ponta desta corta é a sala de aula, o professor e os coleguinhas desta criança com estas necessidades especiais, nem falo da própria por que meu discurso neste momento é um desabafo de como me sinto enquanto professora que “não tem competência para controlar o aluno de inclusão” (expressão do pai em uma das tentativas de diálogo para visualizar caminhos a seguir). Não sou contra a inclusão, caso este processo seja realmente inclusivo tomado às devidas medidas e procedimentos para que esta criança de inclusão sinta-se inclusa e não depositada em um ambiente onde não estamos preparados para recebê-la e fazer um trabalho onde a aprendizagem, crescimento e desenvolvimento aconteçam. Não há a possibilidade, em alguns casos que esta inclusão aconteça numa instituição escolar tradicional tal qual a temos e conhecemos. Estas crianças necessitam assim como é real as suas necessidades que estas sejam atendidas para que este processo concretize-se e, definitivamente não temos a oferta de recursos sejam eles qual forem para atendê-las em alguns casos específicos. Fica aqui meu desabafo e um pedido de compreensão.
Professora Elisângela.

18 de out. de 2008

PAPEL DA ESCOLA FRENTE ÀS DEPENDÊNCIAS QUÍMICAS

Iniciando nosso PROJETO TEMÁTICO na interdisciplina de Psicologia (grupo 1:Dependência Química na Vida Adulta_ http://grupo1dependenciaquimicanavidaadulta.pbwiki.com/), encontrei um texto muito interessante o qual fiquei perplexa. Fui professora de Ensino Religioso para o ensino médio e este texto vem dizer-me que abordava o TEMA Dependências Químicas de forma errada. Quero compartilhá-lo aqui pois tenho certeza que será orientador para outros educadores.

SEGUE:

A escola trata o assunto drogas adequadamente?

As políticas antidrogas nas escolas — como a de trazer ex-dependentes para relatar suas experiências aos alunos, amostras de baseados e cocaína e delegados para falar de repressão — são atos que só acabam estimulando crianças e adolescentes a usá-las.

Os estudantes acabam pensando que o sujeito que está na frente deles, que chegou aos 30 anos, andou pelo mundo das drogas fazendo e acontecendo, mas está dando palestras. Isso, para os alunos, significa que as drogas devem ser muito boas e não devem ser tão perigosas como dizem, valendo a pena o risco de se aventurar. É claro que eles precisam receber informações, mas não de um ex-viciado ou de um delegado, que vão dizer coisas que não farão sentido para os alunos ou não vão passar a informação da maneira que eles possam compreendê-la.

O professor deve ser o multiplicador. Ninguém melhor que ele, uma pessoa que os alunos conhecem e em quem confiam, para dar informações sobre drogas. Isso deveria ser um projeto que chamaríamos de estímulo à vida, no qual se valorizam aspectos de saúde. Todos os professores, de qualquer matéria, devem estar aptos a falar sobre drogas quando o assunto surge e não apenas ter a postura de “Atenção, todo mundo, porque agora vamos falar sobre drogas”. Até podem existir aulas sobre isso, mas o assunto drogas, assim como sexo e tantos outros, deve permear todas as relações do aluno na escola, desde com o diretor até com o porteiro. Os estudantes precisam saber qual é o melhor jeito de lidar com as coisas da vida no momento em que deparam com elas, e a escola não deve se furtar a esse papel.

Também não se deve promover a repressão dentro da sala de aula. É preciso estimular e otimizar o que cada aluno tem de melhor. O professor não deve ser um informador, mas um formador. E é dentro desse aspecto de formação que ele tem de abordar o assunto “drogas”.

As campanhas antidrogas do governo estão tentando convencer o usuário a abandonar a droga por meio do constrangimento, relacionando-o com o tráfico. Você acredita que isso faz efeito?

O problema das campanhas antidrogas é que elas não modificam o modo de pensar do indivíduo. O que se precisa fazer é dar alternativas para os jovens, a começar pela relação afetiva e de vínculos entre professores e alunos e entre pais e filhos. Deve-se reprimir o traficante e a produção de drogas, diminuindo a demanda, mas apenas isso não resolve o problema.

As drogas sempre estiveram por aí. Antes, era o ópio, depois, foi a morfina, em seguida, a cocaína e, agora, é o ecstasy. O ser humano tem um cérebro que busca o prazer imediato o tempo todo, seja por meio de drogas, sexo, consumismo, chocolate, etc. Por isso, temos de pensar hoje em comportamentos adictivos (sic), e não mais em dependência. Esse tipo de comportamento faz com que o indivíduo vá atrás do prazer imediato e postergue ou negligencie as conseqüências negativas posteriores. Até mesmo a Internet ou jogos de videogame podem ser comportamentos adictivos (sic).

Mas, por outro lado, isso pode ser uma coisa boa. Quando um músico toca para uma platéia ou um jogador faz um gol, a dopamina liberada no cérebro é a mesma liberada pelo uso de cocaína. Só que, nesses casos, é liberada para coisas úteis e produtivas. E é isso que se deve incentivar. Deve-se mostrar às crianças e adolescentes que se pode ter muito prazer realizando atividades produtivas e positivas, como exercícios intelectuais ou físicos. Todavia, deve-se deixar claro também que, assim como as drogas, se forem feitos em demasia, eles podem causar dependência exatamente por causa do fator prazer. ( http://www.educacional.com.br/especiais/drogas/entrevistas.asp )

4 de out. de 2008

TUTORIAL

VALE A PENA EXERCITAR A DINÂMICA DE FORMAR GRUPOS
Na interdisciplina de Organização e Gestão da Educação, nos foi pedido que, em grupo, fizéssemos uma linha de tempo (http://www.xtimeline.com/timeline/1-2 ). Estudar as Constituições de 1934,1937, 1946, 1967 e 1988. Até aí tudo bem se não tivessem nos apresentado tal de programa "xislyn" (XTIMELINE). Passei vários dias tentando fazer qualquer coisa que modificasse a página inicial do xtimeline. Nada. Nada acontecia. O trabalho em grupo de até seis componentes. Tentei entrar em contato com algumas colegas e não tive absolutamente nenhum retorno na questão de formarmos um grupo. Tomei então uma atitude radical, formei eu o grupo e comuniquei as colegas, marquei um encontro, agora com o consentimento da colega Vera e mandei e-mail para os demais do grupo. Certa de que somente quem viesse faria oficialmente parte deste grupo de trabalho. Obtive algumas surpresas quando o dia marcado chegou (sábado dia 28/09). Ao chegar à casa da colega Vera, somente eu e ela seríamos um grupo de dois componentes. Como sempre, ao ligar o computador, quase que automaticamente abro meu MSN, a colega Carina começou a falar comigo, agitadíssima ela, fabulosa, uma menina de uma inteligência respeitável. Começamos as três a fazer o trabalho pelo MSN, juntas pesquisávamos os itens solicitados nas constituições e pelo MSN nos mandávamos o trabalho sendo construído junto, tenho certeza que mais unidas e em sintonia do que se estivéssemos todas no mesmo ambiente físico. Quem ousaria dizer que não estávamos? Maneira bem estranha esta de estar juntos em estar fisicamente presente. Por volta do meio dia entra no MSN a colega Andressa, conversando aderiu a nossa causa rsrsrsrss e ainda trouxe com sigo, virtualmente a colega Josiane. Resultado, no decorrer das horas, sábado dia 28/09, estava num grupo de cinco componentes, o trabalho pronto, mas, nenhuma de nós tinha desvendado o mistério do XTIMELINE. Procuramos no google um tutorial que pode ser visitado no título desta postagem, que foi uma maravilha. Fácil de compreender e mesmo depois de ser informadas que poderíamos fazer a linha do tempo no Word, optamos por aprender mais este recurso. Foi ótimo trabalhar com as 4 colegas, além de passar a respeitar consideravelmente suas capacidades e competências, foi uma ótima oportunidade de interação e com certeza de muitas descobertas. Muito obrigada colegas: Vera, Carina, Andressa e Josiane. Valewwwwwwwwwwwwwww!!!

23 de set. de 2008

PARAÍSO!




Tenho sido negligente quanto as postagens de minhas reflexões e desenvolvimento da aprendizagem neste portfólio. Também tenho uma explicação mesmo que não seja uma justificativa. Se observarmos todas as atividades de todas as interdisciplinas deste semestre tem um caráter de análise e reflexão. Então, tenho feito nas atividades “a mesma coisa” que devo postar aqui. Apesar de não estar postando semanalmente, vim preocupando-me pelo fato que postagens semanais também são critério avaliativo. Penso... Penso... E não consigo escrever algo que seja diferente das minhas análises e comentários feito nas minhas atividades postadas no rooda, posto que neste semestre conscientizei-me que até agora estava postando aqui cópias de meus comentários das atividades das interdisciplinas. Quero fazer diferente então e ainda não encontrei o “fio da meada”. Não quero correr o risco do tal do copia e cola ou falar, falar e nada dizer. Mas, vamos em frente e com certeza encontrarei uma característica original para minhas postagens aqui. Por hora quero deixar uma mensagem que define bem esta nova modalidade de ensino. No PEAD UFRGS estamos exercitando e construindo uma forma muito original de adquirir conhecimentos, fazendo a diferença, unindo teoria e prática, ação e reflexão imediata em nossa profissão de educadores. Como disse nosso querido professor Silvestre “o ensino à distância esta revelando novos conceitos, antes desconhecidos de construção dos conhecimentos”. Nesta teia virtual entre professores, tutores, alunos e instituição de ensino, têm muito mais integração e união, que alunos em uma sala de aula tradicional.
“A um rabino muito justo foi permitido que visitasse o purgatório (em hebraico, chamado Guehinom) e o paraíso (GanEden).
Primeiramente foi levado ao purgatório, de onde provinham os gritos mais horrendos dos rostos mais angustiados que já virá. Estavam todos sentados numa grande mesa. Sobre ela, se viam iguarias, comidas das mais deliciosas que se possa imaginar, com a prataria e a louça mais maravilhosa que jamais se vira. Não entendendo porque sofriam tanto, o rabino prestou mais atenção e viu que seus cotovelos estavam invertidos, de tal forma que não podiam dobrar os braços e levar aquelas delícias às suas bocas.
O rabino foi levado ao paraíso, onde se ouvia deliciosas gargalhadas e onde reinava um clima de festa. Porém, ao observar, para sua surpresa, encontrou o mesmo ambiente: todos sentados à mesma mesa que vira no purgatório, contendo as mesmas iguarias, as mesmas louças e os mesmos cotovelos invertidos. Mas ali havia um detalhe muito especial: cada um levava a comida à boca do outro”.
É assim que defino este curso, um ajuda o outro e beneficiamo-nos nesta ajuda crescendo e evoluindo todos juntos.

6 de set. de 2008

22 de ago. de 2008

COMPREENDENDO CONCEITOS E TECENDO APRENDIZAGEM...

COMPREENDENDO CONCEITOS E TECENDO APRENDIZAGEM...

“Políticas Públicas e Gestão da Educação em Tempos de Redefinição do Papel do Estado.”
Confesso que em relação às atividades anteriormente realizada, sobre Conceitos Estruturantes, eu, pouco ou nada sabia sobre estes conceitos (democracia, estado, globalização, participação, neoliberalismo, política, políticas públicas e políticas educacionais).
Percebi que ter estas noções é fundamental para entendermos o processo e a situação atual do ensino no Brasil. Além de definir, compreender conceitos politicamente suas estruturas e o percurso que os movimentos políticos e sociais percorrem, para podermos ter, como professores, uma ação que represente as funções sociais que devem ser praticadas pela e através da educação.
Saber que em nosso país, as políticas sociais possuem três momentos no último século: Controle da política (ditadura de Getúlio), política de controle (ditadura militar) e período de democracia (política social sem direitos sociais).
Indo além de definir conceitos, perceber que a política educacional é parte da redefinição do papel do estado, partes de um mesmo movimento deste período do capitalismo.
A educação hoje é um retrato dos interesses propostos pelo neoliberalismo. Plano da Reforma do Estado (PRE) como estratégias para reduzir a sua atuação nas políticas públicas educacionais. Transferir para o setor privado as atividades que podem ser controladas pelo mercado. (Brasil, Maré, 1995, p.11).
O PRE busca racionalizar recursos diminuindo seu papel no que se refere à políticas sociais. Estas serem repassadas para a sociedade.
Tudo o que antes eram indagações e revoltas por não sei o que exatamente, tendo lido estes textos solicitados para estudos, compreendi a atual situação e o papel que nós escola devemos desempenhar, nossas revoltas devem começar a ser mais propositivas e não apenas ficarmos na defensiva.
A grande questão é a função social para garantirmos um ensino de qualidade. Construirmos a gestão democrática, implantando-a num processo que requer diálogo e participação coletiva de todos: pais, alunos, professores, direção, em fim a sociedade como um todo.
O que se vê nas escolas hoje é a prioridade pela inclusão, nenhuma criança fora da escola, e neste sentido a escola acolhe tirando das ruas as crianças que são problemas. O estado livra-se destas políticas sociais empurrando para as escolas e livrando-se legalmente de suas funções.
Para este entendimento estudar os conceitos antes já citados, é de suma importância para tecer a teia da compreensão da atual situação da falta de qualidade da educação e a função social desta nas ações de mudanças.
Não basta garantir o acesso à educação, é necessário garantir o acesso, permanência e sucesso nas escolas, coisa que ainda não se vê não se tem.
Assim a democratização da educação indica a necessidade de que processo educativo seja um exercício democrático.
Neste sentido, a democratização da educação vai além do atendimento escolar significa uma postura assumida pelos gestores educacionais (administração escolar). Precisamos de uma organização escolar que se desenvolva como exercício de cidadania.

Biografia: Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares;
POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO DA EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE REDEFINIÇÃO DO PAPEL DO ESTADO _Vera Maria Vidal Peroni

16 de ago. de 2008

ESPECTATIVAS EM RELAÇÃO AO EIXO V E REFLEXÕES SOBRE TEMPO

No Seminário Integrador, eixo v do Pólo de Alvorada, foi-nos solicitado que para a próxima aula presencial, levemos uma questão filosófica, a qual faz parte de nossas dúvidas enquanto ser humano.
Pois, tenho uma: _ Qual a explicação para que em minha vida, tudo o que desejo saber ou fazer, faz parte do que devo resolver de uma forma ou outra sempre é a próxima atividade do curso PEAD?
Mencionei este fato em meus portifólios de aprendizagem nos semestres anteriores. Peço permissão para ser repetitiva.
Neste momento de minha vida onde minha maior dificuldade é a falta de tempo para que eu desempenhe todas as minhas tarefas, uma das atividades do curso é organizar meu tempo e refletir sobre este. ( TABELA http://elisangela.pbwiki.com/TEMPO _Farei novos ajustes assim que reorganizar minhas atividades x tempo)
Em minha postagem anterior neste Blog coloquei de forma real como estão distribuídas as atividades em relação ao meu tempo.
No Seminário Integrador do Pólo de Gravataí nos foi pedido uma análise do que esperamos do curso neste semestre e o que pretendemos fazer para o alcance dos objetivos. Para tanto nos foi sugerido a leitura de um texto (Organizar o Tempo é Fundamental. Texto extraído do Guia do Aluno do PEAD, no formato PDF). Farei isso unindo esta minha experiência de estar participando das atividades nos dois Pólos, Gravataí e Alvorada. Entrei com um pedido de transferência de pólo justamente por razões de tempo. Para chegar ao Pólo de Alvorada não disponho do tempo necessário. Estou avaliando e reorganizando meu tempo e uma das interferências que muito irá ajudar-me neste equilíbrio é sem dúvida nenhuma transferir-me para o Pólo de Gravataí que fica pertinho de onde moro e trabalho. Esta já é uma das respostas em o que farei e/ou estou fazendo para alcançar meus objetivos neste semestre. ORGANIZAR MEU TEMPO.
Minha maior expectativa é conciliar tudo o que tenho de fazer durante um dia e poder fazer isso com qualidade sem prejudicar minha saúde física e mental, nem deixar para o lado minhas responsabilidades e vínculos familiares, estes mais difíceis de serem recuperados, consciência esta tenho por ser uma adulta. Daí a importância das reflexões em cima dos textos de Psicologia neste semestre.
Nesta postagem venho então, realizar as atividades 1 e 2 de Seminário Integrador de Alvorada e Gravataí.
Lido o texto acima mencionado sobre Organização do Tempo, fiz uma auto-análise muito necessária e eu diria urgentíssima de minha vida. Posso entender que tenho clareza de meus objetivos e de minhas atividades. Então onde estou errando sendo que tenho claro também que algo está errado por ter mais atividades e todas de igual relevância, que tempo para realizá-las. A resposta eu encontrei ao perceber que meu erro não está na organização das tarefas em equilíbrio com o tempo que possuo, mas, em estabelecer um tempo para fazer coisa nenhuma. Em minha organização tudo está cronometrado e direitinho estabelecido os horários das minhas atividades, A questão está em que momento será o meu tempo. Não reservei tempo para mim.
Tenho consciência que viver é uma permanente reinvenção de mim mesma, até aqui ok então. Jamais relutei em realizar algo ou coloquei as coisas em estado permanente de adiamento e nunca “empurrei nada com a barriga”. Sempre desenvolvo planos para atingir meus objetivos e sempre os alcanço. Monitoro e reviso sempre, é o que estou fazendo neste momento. Estou sempre os ordenando por prioridades e simplesmente encontro-me num estado físico e mental conturbado, pra não dizer outras coisas por que sou otimista. Ah! Por falar nisso fiquei chocada neste último final de semana por que tive uma discussão com meu namorado (o mesmo que às vezes menciono nas minhas postagens desde o início do curso), ele acusou-me de estar sempre reclamando, e disse-me que ele não agüenta mais e que sou pessimista. Digo chocada por que não sabia que eu estava sendo pessimista, considero-me otimista e acreditava estar no direito de pelo menos reclamar deste momento de minha vida. Depois de ler o texto percebi que não devo não, devo solucionar sem as reclamações sim.
Mas no final do balanço ainda estou fazendo as coisas certas e no caminho certo. Carrego os textos do curso para ler em filas de banco, lotações e etc. e tal. Porém em minha tal organização não havia previsto as idas ao banco e deslocamento, fazer compras e ir ao médico. “Este tipo de atividade pode destruir uma agenda apertada”. Está explicado o tumulto que está sendo minha vida. Em nenhum momento incluí-me nas minhas atividades. Esqueci-me ou não me dei o direito de atividades como o sono, alimentação e descobri na prática que a semana tem somente 168 horas e planejei mais atividades do que o tempo real suporta e que de cara já estou em desvantagem. Estou sorvendo minha vida como uma taça que se esvazia. Tenho de ter um tempo para mim e minha família e na prática ser, o Lazer um tempo precioso. Sou firme em cumprir minhas tarefas e, no entanto não estou recompensando-me. Nem mantendo minha vida social e familiar com alegria. Não estou mantendo um equilíbrio entre o que tenho de fazer e o que posso fazer. Sei quando parar e quando meu relógio biológico para e eu teimo em prosseguir até ultrapassar o limite da exaustão, não estou é me dando este direito. Tenho de planejar meu tempo para o lazer, sem isso estou enganando a mim mesma acreditando que posso prosseguir. Caracterizando minha vida neste momento, diria que a estou suportando, vivendo-a, elaborando-a, eventualmente reprogramando-a, conscientemente executando-a e muitas e muitas vezes de maneira bem ousada.

11 de ago. de 2008

TEMPO



Tenho encontrado dificuldade por parte das pessoas de acreditarem em minha jornada de trabalho de 24 horas por dia literalmente. Tenho 40 horas na escola pública, ao meio dia venho para casa e não tenho tempo para almoçar, tenho uma escolinha em minha casa e no momento está sendo administrada por minha filha mais velha, ao meio dia a ajudo a dar comida para os bebês, mudar fraldas, colocá-los para dormir. São crianças de sete meses a 12 anos. Ainda tem minhas filhas que precisam que eu diga: _ Já passou um pente nos cabelos? Troca esta blusa que não foi lavada! Elas vão à escola à tarde e ajudam a mais velha na escolinha pela manhã, se entretêm e esquecem de se arrumar direitinho para ir para a escola. Como algo correndo. ÀS 17 horas retorno e assumo sozinha a escolinha para que minha filha possa fazer as suas coisas, trabalhos de aula etc., pois, estuda à noite. A maioria das crianças vai para casa às 20 horas, quando os pais chegam do trabalho, no entanto tenho crianças até as 23 horas e duas que dormem comigo aqui em casa, os pais trabalham no turno da noite, uma delas é um bebê que ainda mama no peito e chora entre um soninho e outro a noite toda. Este soninho não consigo dormir, pois adultos cansados demoram um pouco para descansar. Antes das férias tinha minha mãe morando comigo e ficava com as crianças para eu fazer os trabalhos da faculdade, agora estou sozinha e ainda não tenho a menor idéia de que em que tempo me dedicarei à faculdade. Por isso a tal tabela que ainda não vi, será-me muito útil, estou até curiosa e peço licença para ir lá vê-la e aproveitar para realizar as atividades. Hoje ainda posso fazê-la, pois tenho apenas duas crianças para atender no sábado, na parte da tarde já não será possível, pois, ainda cedo minha casa para cursos de ballet e dou aulas particulares de reforço escolar. Talvez a faculdade possa se encaixar no domingo, de madruga não poderá ser possível como algumas colegas fazem, pois trabalho na madruga. Com certeza encontrarei um tempo, as coisas que não sabemos são por que ainda não descobrimos, mas, não quer dizer que não existam. Ah! Não tem como ser diferente, trabalhar menos, sou separada e sustento três filhas sozinhas, pagando aluguel e tudo o mais que uma família precisa como básico de sobrevivência, sem ajuda financeira de absolutamente ninguém, trabalhar menos está fora de cogitação. Este texto é só um desabafo, precisava falar com alguém e agradeço. Não é queixa, as escolhas são minhas e estou exatamente no espaço e tempo que escolhi estar. Amo a faculdade e mais uma vez com esta atividade, vem o caminho para as respostas às perguntas que possuo...
...Devo dizer que a esta altura já realizei a atividade ( http://elisangela.pbwiki.com/TEMPO )solicitada pela Interdisciplina de Seminário Integrador V. Para mim em nada foram surpresas as constatações registradas na tabela. Confirmou minha angústia em não estar administrando meu tempo em harmonia com as tarefas que tenho de realizar em um dia de 24horas. O que tenho mais certeza que nunca que decisões, opções e escolhas deverão ser tomadas com urgência, pois, reconheço que algo está errado. Minha tarefa agora é buscar um equilíbrio entre o tempo e eu.

1 de jul. de 2008

PROJETO "CICLO DA ÁGUA"

Quero compartilhar com todos um projeto que realizei com meus alunos.
Escola Estadual de Ensino Médio Mário Quintana.

Professora Elisângela Rodrigues Garcia.

A Água

JUSTIFICATIVA - CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA A SER ESTUDADO

O estudo dos ciclos é importante para a formação escolar, pois permite ao aluno compreender as relações ecológicas que se estabelecem na natureza, a interdependência entre os seres vivos e o ambiente e os fenômenos pelos quais as condições climáticas do planeta se mantêm estáveis.
Explicar conceitos científicos na sala de aula envolve entender o conteúdo específico e ser capaz de comunicar esse conteúdo de maneira efetiva e, principalmente, entender a riqueza, a complexidade e ambigüidades dos discursos interativos que se instauram na sala de aula. Na verdade, é mais complexo ainda. Para que o processo ensino-aprendizagem ocorra efetivamente, é fundamental centrar nossas observações na dinâmica dos aspectos da interação na sala de aula. São eles: o professor, o aluno, o conteúdo, a metodologia, a didática, o estágio de aprendizagem individual, a cultura escolar, o nível de interesse, participação e busca de elementos que darão suporte para a construção autônoma do conhecimento. Perceber esta interação facilita o preparo de atividades diversificadas e, possibilita criar estratégias de ensino de grande significado para a criança. Neste contexto de interação, o professor age como observador e ao mesmo tempo co-participante do processo, elaborando temas, estratégias de ensino de modo mais significativas, etc. Durante as aulas, ao fazer mediações, o professor utiliza e cria explicações, muitas no próprio momento interativo da sala de aula.

3 - OBJETIVO(S)

Desenvolver a consciência pela preservação da água e ter clareza de sua escassez bem como as ações possíveis de preservação.
Vivenciar o ciclo da água.
Ver de modo prático as mudanças de estado físico.
Trabalho em Equipe.



ATIVIDADE PRÁTICA

Hora do conto:

*A professora leu uma historinha que aborda as necessidades de preservação da água e ações que podem contribuir para esta preservação, contaminação e desperdício.
Historinha “AINCRÍVEL HISTÓRIA DO MUNDO QUE IA MORRER”. (Empresa e Família, Qualidade de Vida SESI).
Conversa com as crianças questionando-as sobre:
* De onde vem a sujeira que polui os rios?
*Como pode ser revertido o problema do lixo nos rios? O que fazer com o lixo para que ele não polua a natureza?

Após a conversa, desenho de como é um rio limpo, sem a ação do homem, sem poluição e ideal para que haja a vida.

Em seguida assistiram a uma peça de teatro “Águalina”. Esta representação é feita todos os anos como de costume, por uma colega professora às crianças do 1º ano (as outras turmas já assistiram). Ela representa a água que vem pedir socorro para as crianças, explica o seu ciclo, a importância deste para a vida na terra e como cada um pode colaborar para que tudo ocorra em perfeita harmonia. Veja Agualina .

Música:
Algumas canções favorecem a aproximação com esse tema, como é o caso desta: “Quando Eu Olho para o Mar”, de Alceu Valença.


Quando eu olho para o mar
Dentro do mar vejo um rio
Quando eu olho para o rio
Dentro do rio vejo a chuva
Quando eu olho para a chuva
É como se olhasse as nuvens
Quando eu olho para as nuvens
É como se olhasse o mar
Quando eu olho para mim
Dentro de mim tem você
Quando eu olho pra você
Por dentro sinto saudades
Quando eu olho pra saudade
Meus olhos vão desaguando
E é como um rio passando
Que não corresse para o mar.

Para iniciar a atividade, ouvimos as músicas com os alunos e foi solicitado a eles que registrassem a sua compreensão. Dividiu-se a classe em pequenos grupos (trios ou quartetos) e cada um deles recebeu uma folha de cartolina, para que pintassem com a ponta dos dedos com tintas temperas tudo o que compreenderam da letra. Os desenhos foram expostos junto com a letra da música chamando a atenção das outras turmas e séries da escola.

Assistiram no laboratório de informática um power point do ciclo da água onde contém uma historinha que explica este conteúdo de forma lúdica.
“Hora da Rodinha.”
A água é um líquido abundante na natureza. Não apresenta sempre o mesmo aspecto.
Conhecem a "História de uma gotinha de água"? ...
Era uma vez uma gotinha de água pequenina e transparente. Juntamente com outras, Salpico formava a água de um lago.

Um dia, o Sol brilhante aqueceu a água do lago. As Salpico separaram-se, subiram e formaram o vapor de água. Já não se viam as Salpico.

No céu, a gotinha juntou-se a muitas outras e formaram as nuvens. O vento empurrou as nuvens e a Gotinha viajou por muitas terras.


Quando a nuvem ficou mais pesada e encontrou ar mais frio, algumas Salpico caíram em forma de chuva.


Ao passar pela montanha, o ar era muito, muito frio e a gotinha juntou-se a outras e formaram água sólida. Caíram na terra em forma de neve.

Parte da água introduziu-se na terra e alimentou as plantas. Outra parte infiltrou-se no solo. Quando encontrou rochas impermeáveis formou um lençol de água.

A gotinha, com outras companheiras, correu debaixo da terra e formou uma nascente.







FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

É tão difícil escolher atividades que despertem a atenção de alunos que vivem saturados das aulas tradicionais. A música, teatro e vídeo são garantia de sucesso para se trabalhar com as crianças.
A água é um bem escasso, temos que a poupar e preservá-la de forma potável. Só assim conseguiremos ter água disponível em quantidade suficiente para a manutenção da vida no Planeta. È necessário desenvolver uma consciência de preservação, para tanto é imprescindível conhecer o ciclo da água e que ela é indispensável para a vida desde o primeiro ano das séries iniciais.


METODOLOGIA DE ANÁLISE DA ATIVIDADE DAS CRIANÇAS

Observações de como os alunos construíram o conceito "arquitetando" todas as informações recebidas por leituras, vídeos recursos visuais, teatro etc. e, também, durante a mediação ocorrida na sala de aula.


AVALIAÇÃO (critérios)
Foi considerado satisfatório e atingido os objetivos pois os alunos participaram ativamente das atividades, cooperando com o grupo. Discutiram de forma séria e profunda com os/as colegas sobre os temas propostos. Trouxeram informações importantes para a discussão. O resultado das atividades foi relevante e criativo.

Referências:
“Quando Eu Olho para o Mar" - CD Cinco Sentidos, de Alceu Valença. Ariola, 1981

22 de jun. de 2008

PORTIFÓLIO DE APRENDIZAGEM_VERSÃO 1_2008



PÓLO DE ALVORADA

ELISÃNGELA RODRIGUES GARCIA

ÂMBITOS DE OBSERVAÇÃO E REGISTRO NO
PORTFÓLIO DE APRENDIZAGENS
[Eixo 4]

COORDENAÇÃO PÓLO
Seminário Integrador
Beatriz Corso Magdalena
Iris Elisabeth Tempel Costa

NTERDISCIPLINAS
Representação do Mundo pela Matemática
Daniela Hoffmann
Representação do Mundo pelas Ciências Naturais
José Francisco Flôres
Representação do Mundo pelos Estudos Sociais
Maria Aparecida Bergamaschi

PORTO ALEGRE
JULHO/2008

EQUIPE DE PROFESSORES
Beatriz Corso Magdalena e Iris Elisabeth Tempel Costa – Pólo de Alvorada.
Silvestre Novak – Pólo de Gravataí
Cíntia Boll e Leonardo Porto – Pólo de São Leopoldo
Crediné Silva de Menezes e Liliana Passerino – Pólo de Sapiranga
Marie Jane Carvalho e Nádie Machado – Pólo de Três Cachoeiras

Seminário Integrador
PEAD/FACED/UFRGS

I. Linguagens e Integração das Aprendizagens.

Quero pedir licença para começar minha reflexão com uma frase que resume tudo o que tenho a dizer, e, sem aspas ou qualquer referência bibliográfica por que literalmente, com a devida licença, tomo posse: _ Neste semestre, trabalhamos com novas linguagens que mostram nos seus símbolos e perspectivas modos de compreender e representar o mundo. Cada Interdisciplina contribuiu com uma visão de mundo, com uma experiência, com entendimentos singulares que chamam nossa atenção para a existência de outras formas de leitura do universo cotidiano que nos cerca. Como diz Paulo freire em PEDAGOGIA DA AUTONOMIA: _ “O sujeito que se abre ao mundo e aos outros inaugura com seu gesto a relação dialógica em que se confirma como inquietação e curiosidade, como inclusão em permanente movimento na história”. Ficar limitados aos conhecimentos e organização curricular não desenvolve nem no educador e nem no educando uma consciência crítica e posicionamento no tão falado neste semestre Tempo e Espaço.
E Paulo Freire segue contando que uma vez num destes encontros de educadores, havia na sala de reuniões umas fotografias das ruas das redondezas da escola em que ele estava ministrando uma palestra. Ele ouve um professor comentando que lecionava ali há 10 anos e não conhecia aquela realidade. O professor completa “Agora, ao ver esta exposição que nos revela um pouco de seu contexto, me convenço de quão precária deve ter sido a minha tarefa formadora durante todos estes anos”. Confesso que muitas vezes tive este mesmo pensamento à medida que ia lendo os textos solicitados neste curso e fazendo as descobertas em didática e metodologia. No entanto minha mudança não tem sido apenas em assimilar teorias. Venho literalmente colocando em prática todo o conhecimento que estou adquirindo. No meu planejamento de aulas para meus alunos, vou criando as atividades usando os critérios que estudo aqui na teoria. Os resultados permitem-me uma reflexão sobre minha prática agora voltada com um olhar crítico de mim mesma e a educação como um todo. Buscando conhecer e compreender como se dá o processo de aprendizagem na mente das crianças e de que forma posso ser um meio facilitador deste processo.
Ao brincar de amarelinha, ao locomover-se ao espaço da sala de aula, por exemplo, a criança vai observando este espaço e percebendo formas e posições, medidas e distâncias. Construindo maquetes, plantas baixas e mapas, a criança reforça conceitos aprendidos nas brincadeiras, desenvolve o senso de orientação, reconhece semelhanças e diferenças entre objetos de formatos e tamanhos variados além de fazer representações do espaço que a rodeia.
Ao desenhar o caminho até a escola, o mapa da sua rua, observa a distância e pontos de referência, a criança faz cálculos de maneira que compreende e desenvolve noções que são a base para toda a vida.
Á medida que a criança vai desenvolvendo sua observação, o tamanho, a forma, a posição e a proporção, através das atividades cognitivas e lúdicas, vão se aperfeiçoando os conceitos e as suas representações vão ficando mais claras e objetivas. Essas representações são feitas de diversas maneiras, quando classificam e fazem à seriação de objetos, desenhos, jogos, medem o comprimento das coisas usando como unidades de medidas palmo, objetos e partes do corpo. Assim, os alunos demonstram compreender e orientarem-se nas brincadeiras e nas interpretações de tudo o que o cercam. Atividades como o tangran, mosaico e quebra-cabeça, desenvolvem noções de medida e proporção, com posição de composição e equivalência de figuras.
Mudei sim minha atitude e postura na minha prática de professora. Embora sendo crianças de seis anos de idade, em seu primeiro ano de vida escolar, percebi a importância em marcar esta fase com conteúdos e aulas que despertem em meus alunos reflexões profundas, e exemplifico no parágrafo anterior. Em um primeiro momento tive minhas dúvidas. Pensava que as crianças tinham algumas limitações para compreender certos conceitos mais complexos. Por exemplo, entender mapas. Na prática percebi que o que faz a diferença é a forma que trabalhamos as coisas. Entender que as crianças precisam desfilar prazerosamente no que têm conhecimento e primeiramente elas desenharam a sala de aula, a escola, e, em seguida a rua em que mora depois o trajeto até a escola e daí entender que o bairro está dentro do município de Cachoeirinha e que o município dentro do estado e este dentro do País e o globo terrestre, finalmente, foi buscado na biblioteca. Vi-me falando dos movimentos de translação e rotação para o 1º ano e sendo compreendida. Os métodos, linguagem e recursos usados para ensinar são os segredos. As crianças já possuem seus conceitos, disso estamos cansados de falar e saber. Temos agora é que compreender o caminho que ela traça para a concepção e percepção do que aprende, pois tudo é relação, tudo se relaciona e as crianças sabem sem mesmo saberem explicar.
Passei a planejar minhas aulas, antes não fazia planos de aulas e acreditava que sabia exatamente o que e quando fazer as coisas. Descobri que “O planejamento é um instrumento indispensável para a ação pedagógica, já que outro modo seria impossível orientar o processo até os propósitos perseguidos – e uma proposta educativa deixa de sê-lo se não tratar de tornar realidade certas finalidades previamente trabalhadas.” (Do acaso à intenção em Estudos Sociais Maria Aparecida Bergamaschi ).
Em uma das atividades de Seminário Integrador em que postei no blóg sobre as etapas da construção da noção de espaço nas crianças, havia dito que meus alunos de em média 6 anos de idade estavam no estágio sensório motor. Esta afirmação estava errada e por isso apaguei parte do texto. Fiz esta confusão por que nas perguntas que eles fazem demonstram tanta imaturidade às vezes e são referentes às necessidades fisiológicas como diz a Iris Elisabeth Tempel Costa, nossa coordenadora do curso, pólo Alvorada. Isso se dá por que a escola é a primeira instituição que muitas delas têm contato “e processo de socialização se faz por etapas”. Estão em fase de adaptação ao grupo social escolar, cheio de regras e normas a serem cumpridas. Neste semestre aprendi que meus alunos encontram-se na fase pré-operatório e enquanto outros evoluíram para a intuitiva ou operatória. Às vezes a mesma criança oscila entre uma e outra dependendo da situação. Relendo o texto ANTUNES, Aracy do Rego; MENANDRO, Heloisa Fesch; PAGANELLI, Tomoko Iyda. Estudos Sociais: Teoria e Prática. Rio de Janeiro, ACCESS, 1999, pude compreender estas fases e seu processo bem como atividades que podemos auxiliar as crianças nas noções de localização espacial ( exemplo destas atividades no 3º parágrafo).
Nunca antes deste semestre e dos textos lidos havia pensado em Noção de tempo e espaço. Eram simplesmente os conteúdos dispostos nos livros e avançava um tanto para o desenvolvimento crítico da realidade. Porém não com o conhecimento das fases das noções de tempo e espaço nem muito menos trabalhando estas noções com as crianças de forma específica, e como processo de aprendizagem. “É difícil abandonar o livro didático quando se está acostumado aos resultados que ele traz”, admite a professora Niedja Pitombeira, 23 anos, que pela primeira vez colocou em prática um modelo diferente do tradicional. “Ao final do ano percebi que, quando as informações fazem parte de um contexto, os alunos aprendem de verdade.” Podemos sair dos conteúdos tradicionais e organizações curriculares e estudar a realidade e interesses demonstrados pelas crianças. Para tanto se faz necessário respeitar a leitura de mundo do educando, “... o educador que respeita a leitura de mundo do educando, reconhecendo a historicidade do saber, o caráter histórico da curiosidade, desta forma, recusando a arrogância cientificista, assume a humildade crítica, própria da posição verdadeiramente científica”, diz Paulo Freire. Como quando trabalhando com a reciclagem e estudando o meio ambiente, os córregos que se transformaram em valas poluídas existentes em nosso bairro. As crianças demonstraram interesse em saber como era o valão antes de estar poluído. Alguns pais e moradores mais antigos tinham fotos em casa de quando brincavam nos córregos e a água ainda era limpa. Disse às crianças que comentassem isso em casa e tive dois alunos que nos trouxeram às tais fotos. Em seguida passamos para uma historinha do descobrimento do Brasil (O Descobrimento do Brasil- walter Nieble de Freitas) que descreve as paisagens que aqui existiam. Depois fizemos uma comparação entre antes e depois. As crianças desenharam como o Brasil era na época do descobrimento e como se encontram hoje as paisagens brasileiras.
Nós professores da educação infantil e séries iniciais, muitas vezes corremos o risco de nos concentrarmos em atividades de coordenação motoras, alfabetização e noções das quatro operações. Quando muito, aulas esporádicas de “religião”. A interdisciplinaridade acaba ficando para os conteúdos programáticos dos livros lá na 3ª e 4ª série. Tenho planejado minhas aulas, preocupada com a interdisciplinaridade, e descobri na prática que todos os conteúdos podem ser trabalhados na aula, matérias integradas formando uma teia no processo de aprendizagem. Alfabetizar estudando os animais, transmitir e desenvolver os conceitos de quantificação estudando e classificando insetos é o máximo. Noções de fração no dia em que se estudam as vitaminas e alimentos saudáveis, com as frutas trazidas pelas crianças e que posteriormente se transformam em uma deliciosa salada de frutas. E como se não bastasse estudar os órgãos dos sentidos. O que sei é que faltaram horas para ver tudo o que ia surgindo espontaneamente no decorrer da realização das atividades. As coisas ficaram mais fáceis para mim como professora. A prova está no comentário deixado pelo professor Zeca no meu último trabalho desta interdisciplina: ”Excelente”! Disse ele. Dispensa comentários. Respondi: “Também achei!” Ainda bem que ele também percebeu. Na interdisciplina de ciências descobri que a visão que temos a concepção que cada um tem das coisas depende da relação que cada ser humano tem com ela. Nos desenhos feitos por nós alunos deste curso, percebi que a representação que fizemos de uma mesma palavra é resultado desta relação. Depois veio a vez de nossos alunos, na atividade de ciências por exemplo, confirma-se. Sobre espaço e forma, entre outras coisas que já mencionei, aprendi que cada indivíduo vê da forma que se integra e interage no ambiente em que vive. Perceber isso é importante para servir de base em nosso planejamento de aula e ser ponto de partida para transmitirmos os conhecimentos necessários para que as crianças desenvolvam conceitos.

II. Construções e Reconstruções Pessoais.

O que mais foi significativo para mim foi o desenvolvimento Plano Individual de Estudos. “Sou professora do primeiro ano do ensino fundamental e tenho um aluno com o diagnóstico de hiperatividade, Atraso no Desenvolvimento Neuropsicomotor e Abandono Materno. Neste sentido tenho tido muitas dificuldades e nenhum conhecimento em relação a este assunto, sendo necessário e de extrema importância para o processo de desenvolvimento e a relação professor x aluno com necessidades especiais que, eu obtenha, maior compreensão e conhecimento em relação a este diagnóstico médico.” Estou muito grata em realizar este trabalho, foi graças a esta atividade que minha iniciativa de estudar este caso tem em muito colaborado no apoio a família e em minhas aulas. Continuarei estudando a respeito, pois, o processo de ajuda a este menino esta recém começando, visto que o diagnóstico é recente e o menino vem sofrendo por anos a falta de informação por parte dos adultos que com ele convivem. Com meus estudos adquiri confiança, hoje não tenho mais dificuldades em lidar com a criança e em compreendê-la. Passei os textos que estudei para a orientadora educacional da escola, os pais, monitora da hora do recreio e supervisora escolar. De posse das informações sobre hiperatividade, o que é, como lidar com uma criança hiperativa e quais os caminhos para que ela aprenda, estamos com sucesso obtendo resultados. A criança não mais manifesta agressividade. Está integrada com os colegas e brinca com todos na hora do recreio e via Ministério Público, a escola está encaminhando este aluno para ser atendido nas suas necessidades em escola que possui classe especial e profissional com capacitação para atendê-lo.

III. Plano Individual de Estudos (PIE)

Por muitos dias fiquei analisando quais seriam os critérios para a escolha do PIE. Queria desenvolver algo que realmente fizesse sentido para mim, enquanto profissional e no campo pessoal. Algo que além de contribuir para meu crescimento em múltiplos aspectos, trouxesse-me satisfação. Como um curso que viesse a fazer, por exemplo. Num primeiro momento levantei situações em que tenho dificuldades, ou por não ter a capacitação necessária, ou por não fazer parte de meus interesses e que mesmo assim tenho de desempenhar funções. Então: _ Minha maior dificuldade, que muito me trazia insatisfações é o fato de que tenho um aluno com necessidades especiais em sala de aula. Não o compreendia e nem sabia nada sobre sua disfunção. Como lidar com seus sintomas, como ameniza-los, como ainda desenvolver um processo de construção de aprendizagem, no caso de um hiperativo e com retardo neuropsicomotor. Decidi então optar por este desafio. Aprender tudo o quanto eu poderia, sobre hiperatividade. Num segundo momento, à medida que ia deslumbrando-me em minhas descobertas, tive de lidar com uma segunda questão. No caso de uma criança hiperativa somente se alcança resultados positivos se todos os envolvidos tiverem alguns conhecimentos básicos e atitudes específicas, pois, as medidas são de ação e intervenção. Os objetivos que foram traçados vêm de encontro a sanar dúvidas que vem esclarecer a forma que devemos, nós adultos agir, educar, ensinar, nos relacionar com um hiperativo.
As leituras no meu Portifólio de 2007, serviram para eu escolher um plano de estudos que viesse trazer-me qualificação e conhecimento, já que tanto reclamei que o que mais havia me chamado à atenção em apresentações de Portifólios dos colegas, é que observei que minhas colegas possuem uma linguagem diferente da minha, falam como se já fossem pedagogas, talvez pelo tempo de serviço, visto que possuo apenas cinco anos de nomeação, como Professora.
Neste percurso, de estudos, transmissão de conhecimentos aos envolvidos, família e comunidade escolar, encontros, conversas e encaminhamentos, o mais interessante foi à mudança de atitude da criança hiperativa, passou de um estágio de agressividade excessiva, para um desejo de ser aceito e entendimento em estar sendo foco das atenções, por tanto, ser querido. Ainda não evoluímos para obtenção de aspectos positivos na área cognitiva, mas acredito que neste caso a área afetiva deve ser primeira trabalhada. Estamos fazendo e com resultados bastante animadores. Agora sei o que fazer isso me preocupava tanto no início dos estudos, eu não sabia o que fazer. Sei quando e como interferir, como num ataque de agressividade percebo quando a criança está fora de controle e precisa ser apenas observada para não se machucar e nem machucar os outros e, quando fora de controle devo intervir e impor limites. Antes de iniciarmos estes estudos, todos estavam envolvidos num ciclo de sintomas. Hoje família e pessoas que convivem com ele na escola e escolinha em que ele fica no turno inverso, tem claros a forma que devem agir. A sensação que tenho é que por meio deste trabalho, iniciado por mim devido à atividade da interdisciplina, “estamos todos fazendo a diferença na vida deste menino, salvando-nos a todos de situações críticas que seriam caso contrário, um sofrimento”. Estou satisfeita, todos estamos e alcançando os objetivos para o bem de todos e principalmente da criança.

18 de jun. de 2008

ENSINAR ESTUDOS SOCIAIS PASSOU A FAZER E TER SENTIDO PARA MIM


INTERDISCIPLINA DE ESTUDOS SOCIAIS LEVANTANDO QUESTIONAMENTOS E LEVANDO-ME A ANÁLISE DE MINHA PRÓPRIA HISTÓRIA.

No primeiro trabalho solicitado já tive de fazer além de uma análise da forma como vinha não trabalhando estudos sociais com meus alunos, fazer uma autocrítica de meu papel enquanto indivíduo social. Lá estou eu sendo educadora e fugindo de questões sociais que são um resultado da nossa falta de cooperação no desenvolvimento do ser indivíduo em nossas crianças. Foi maravilhoso relembrar como eram as aulas de Estudos Sociais enquanto discente. A seriedade em que discutíamos questões políticas e ações de nossos representantes. O respeito em que vivíamos os rituais de datas importantes de nossa história. Sentíamo-nos indivíduos co-autores da história. Hora revivendo os acontecimentos, hora fazendo acontecer.
Mudei sim minha atitude e postura na minha prática de professora. Embora sendo crianças de 6 anos de idade, em seu primeiro ano de vida escolar, percebi a importância em marcar esta fase com conteúdos e aulas que despertem em meus alunos reflexões profundas. Em um primeiro momento tive minhas dúvidas. Pensava que as crianças tinham algumas limitações para compreender certos conceitos mais complexos. Por exemplo, entender mapas. Na prática percebi que o que faz a diferença é a forma que trabalhamos as coisas. Entender que as crianças precisam desfilar prazerosamente no que têm conhecimento e primeiramente elas desenharam a sala de aula, a escola, e, em seguida a rua em que moram depois o trajeto até a escola e daí entender que o bairro está dentro do município de Cachoeirinha e que o município dentro do estado e este dentro do País e o globo terrestre, finalmente, foi buscado na biblioteca. Vi-me falando dos movimentos de translação e rotação para o 1º ano e sendo Compreendida. Os métodos, linguagem e recursos usados para ensinar é o segredo. As crianças já possuem seus conceitos, disso estamos cansados de falar e saber. Temos agora é que compreender o caminho que ela traça para a concepção e percepção do que aprende. Construindo a linha do tempo de minha vida deparei-me com alguns traumas bem particulares em minha vida. Sei então que quando apresentamos alguns conteúdos aos nossos alunos, podemos levá-los a se depararem com vivências que machucam daí, sua revolta em sala de aula “sem motivos”. Datas comemorativas podem ser o dispositivo de situações traumáticas, mesmo que inconscientes. Vimos no semestre passado os mecanismos de defesas que usamos e as fases do desenvolvimento infantil. Estudar os grupos aos quais fizemos parte, características destes grupos, descendências raciais e culturais, ajudam a compreender suas vivências e a diferença entre nós indivíduos. Desenvolver o respeito a toda e qualquer diferença. E, vivam as diferenças!
Temos trabalhado em Estudos Sociais conteúdos bem tradicionais e como pinceladas por que faz parte do currículo, por isso serem tão desinteressantes e as crianças muitas vezes tirarem notas baixas nas avaliações. Temos de ir bem mais longe, compreender que fizemos parte da história estudada, dos lugares, dos acontecimentos e mais ainda, que podemos e fizemos a história dia a dia. Que podemos fazer acontecer e modificarmos o que não está bom. Estudos sociais na sala de aula para ser ação e vida fora desta. Alunos estudando o porquê dos acontecimentos históricos com certeza lembrarão as datas em que ocorreram. Alunos fazendo a história compreendem o porquê da falta de emprego, das más políticas públicas. Eles sabem quando e por que o fornecimento da luz e água em suas casas é cortado. E nós achando em sala de aula que eles não entendem de política. Que são novos e imaturos para entender a localização da Europa no mapa mundi quando se deparam diariamente com problemas decorrente do racismo.
Lidamos com questões bem difíceis num simples tema de pesquisa com os pais sobre dados da infância. Algumas perguntas vêm sem respostas por que os pais estão separados e um dos cônjuges não querem nem falar no “sujeito”. Como saber dados dos primeiros meses de vida quando a criança hoje vive com o pai por que foi tirada a guarda da mãe quando sofreu abuso sexual do tio, avô ou namorado da mãe? O pai não sabe e não vai ir atrás das informações para que esta criança conheça e reconheça sua história. Ficam lacunas e lacunas importantes. O que se sabe nem sempre é o que se quer lembrar.
Aprende-se muito mais que algumas investigações são dolorosas mesmo que importantes que alguns fatos históricos são decorrentes diretos de outros, que tudo está interligado no tempo e espaço, que a história de um está interligada a de outro, que somos atuantes na história de outro(s). Com os textos neste semestre nesta interdisciplina aprendi que estudos sociais acima de tudo é relação, tudo se relaciona e as crianças sabem sem mesmo saberem explicar. Temos de com os passos cuidadosamente estudados e analisados ir avançando de vagarinho, pois se trata de sentimentos, muito mais que estudar fatos é ter lembranças. Lembram “Da consciência coletiva” da interdisciplina de Escola Cultura e Sociedade?
Nesta Interdisciplina de Estudos Sociais obtive uma noção teórica de metodologia e didática no ensino de estudos sociais na minha prática docente e confesso que somente agora é que passou a ter sentido esta prática para mim.

PLANEJANDO AS AULA DE CIÊNCIAS, É POSSÍVEL ABORDAR AS OUTRAS INTERDISCIPLINAS E TODOS OS CONTEÚDOS QUE FAZEM PARTE DO CURRÍCULO.


PASSANDO A DAR AULA DE CIÊNCIAS PARA O PRIMEIRO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL...


Nós professores de educação infantil e séries iniciais, muitas vezes corremos o risco de nos concentrarmos em atividades de coordenação motoras, alfabetização e noções das 4 operações. Quando muito, aulas esporádicas de “religião”. Ciência acaba ficando para os conteúdos programáticos dos livros lá na 3ª e 4ª série. De vez em quando uma experienciazinha de germinação. Neste semestre “Graças a Deus” tive oportunidade de não só mudar meus conceitos, como adquirir alguns. Tenho planejado minhas aulas, preocupada com a interdisciplinaridade, e descobri na prática que todos os conteúdos que acima citei podem ser trabalhados na aula de ciências, por exemplo. Alfabetizar estudando os animais, transmitir e desenvolver os conceitos de quantificação estudando e classificando insetos é o máximo. Noções de fração no dia em que se estudam as vitaminas e alimentos saudável, com as frutas trazidas pelas crianças e que posteriormente se transformam em uma deliciosa salada de frutas. E como se não bastasse estudar os órgãos dos sentidos. O que sei é que faltaram horas para ver tudo o que ia surgindo espontaneamente com o planejamento de ciências. Percebi que planejando as aulas pensando em ciências, as outras matérias que antes eram o foco de estudos, passaram a ser o complemento para culminar o processo de aprendizagem. As coisas ficaram mais fáceis para mim como professora. A prova está no comentário deixado pelo professor Zeca no meu último trabalho desta interdisciplina: ”Excelente”! Disse ele. Dispensa comentários. Respondi: “Também achei!” Ainda bem que ele também percebeu. Logo no primeiro trabalho proposto, percebi algo claro: Que a visão que temos das coisas, que a concepção que cada um tem da natureza depende da relação que cada ser humano tem com ela. Nos desenhos feitos por nós alunos deste curso, percebi que a representação que fizemos de uma mesma palavra é resultado desta relação. Depois veio a vez de nossos alunos e mais uma vez a confirmação. Cada indivíduo vê da forma que se integra e interage no ambiente em que vive. Perceber isso é importante para servir de base em nosso planejamento de aula e ser ponto de partida para transmitirmos os conhecimentos necessários para que as crianças desenvolvam conceitos. Mais do que saber coisas, em ciências precisa-se desenvolver também e aprender a ter atitude, ter o conhecimento para agir. De uma forma ou de outra todos e tudo pertencem à natureza. Tem vida! É vida! Desenvolver uma consciência crítica em relação ao que se vai aprendendo e detectar onde cada um de nós pode agir para as mudanças necessárias para o bem estar de todo este contexto vivo, é fundamental. Eu, professora sou responsável como exemplo, como mediadora num estudo de investigações, experiências, busca de dados e na busca de respostas. Quem sabe fazer as perguntas certas para que meus alunos fiquem instigados a fazerem descobertas importantes à vida humana. Tendo ainda a consciência que estas descobertas podem tornar-se obsoletas numa próxima investigação de outro e dele mesmo. Assim é a ciência, estudo, análise, investigação e pode sim nortear as atividades em sala de aula em qualquer série e idade. As crianças já possuem noções das coisas, conceitos que podem servir de ponto de partida e juntos buscarmos outras respostas e outras perguntas. Lembro-me do dia em que trabalhando a reciclagem do lixo, tive de fazer um projeto, pois, veio a preservação da água, que tipo de solo poderíamos usar no plantio das mudinhas de flores nos vasos feitos com garrafas pétis, o que as plantas necessitam para se desenvolverem, onde colocaríamos os 40 vasinhos para acompanhar o crescimento das plantinhas, o sub projeto de paisagismo na pracinha, o ciclo da água, animais que vivem na água, etc, etc, e etc. E todas estas palavras sendo conhecidas, escritas e lidas e tudo sendo contado, classificado,somado, desenhado, pintado, reproduzido, diminuído e a noção de tempo e espaço, pois, afinal até o calendário teve de ser introduzido e aprendido. To sendo romântica? Às vezes vejo meus colegas me olhando estranho, sem entender por que estou tão entusiasmada ganhando tão pouco e trabalhando praticamente dia e noite. Estudando os textos que fazem menção aos ciclos da natureza se trabalha a noção de tempo e espaço e aí entra estudos sociais e matemáticos. Primeiro o antes, durante e depois. Em seguida ontem, hoje e amanhã. Passando para os dias da semana, mês, ano, 4 estações do ano e até que em fim os ciclos da natureza. Nada fica de fora, todos os conteúdos são abordados de forma equilibrada e sucessiva, literalmente professora e alunos construindo conhecimentos.

TEORIA E/OU PRÁTICA



CLASSIFICAÇÃO E SERIAÇÃO_ O QUE MODOU EM MINHA VIDA PROFISSIONAL?

È estranho pensar que sou professora atuante há cinco anos e antes disso trabalhava como atendente de educação infantil e nunca antes havia pensado nem sequer tido noção dos conceitos de seriação e classificação. Quando comecei a ler os textos propostos pela interdisciplina de matemática, estudava euforicamente pelas descobertas que eu ia fazendo e pelo conhecimento que desenvolvia e crescia a cada palavra lida. Um conteúdo de tal importância! Fico me perguntando de o porquê não estudei no magistério quando me formava para ser professora de 1ª a 4ª série, justamente as séries iniciais que mais se precisa dos materiais que desenvolvem nas crianças os conceitos básicos que servirão de noções para toda a sua vida. Logo no início deste semestre, percebi que em exatamente todas as atividades da interdisciplina de matemática, eu ocuparia na minha prática em sala de aula, todas as atividades. Por este motivo, sempre que nos foi solicitada uma atividade, o planejamento desta, eu fiz para o primeiro ano do ensino fundamental. Todas as atividades foram postas em prática por mim, antes ou depois de posta-las. Algumas vezes a atividade solicitada era por coincidência a que eu estava trabalhando em sala de aula ou já havia trabalhado com meus alunos. Aí foi fácil. Tive uma resposta imediata do desenvolvimento destas em sala de aula, das dificuldades em pô-las em prática ou dos sucessos dos resultados. Claro, estes últimos permaneceram na maioria. Em tudo o que as crianças fazem e fizeram, faço uma associação à teoria que vou estudando e as atitudes dos alunos. Fiquei meio paranóica eu acho. Comecei a ver classificação e seriação em tudo o que as crianças faziam e fazem. Em uma ocasião um aluno, bravo comigo por que não queria obedecer à rotina, se negou a fazer a atividade da folinha e emburrado se auto-excluiu, de repente olho para ele e lá estava separando as colas na caixa de cola, fiquei observando qual o critério que ele estava usando e percebi que separava e ordenava os tubos de cola por tamanho. Em outro momento uma aluna de 5 anos havia usado a tampa da caixa dos legos e ordenado eles de forma bem estranha para mim, por alguns minutos tentei identificar quais os critérios que ela esta usando e nada de eu entender. Não era por tamanho, cor ou forma que são os mais óbvios. Pareciam colocados ali sem critério algum, acontece que a concentração desta criança era tanta que neguei esta possibilidade. Estudei, estudei, estudei e bem mais tarde entendi que ela separava-os por marca. Como estes legos vão sendo todos os anos acrescentados por irem se perdendo aos poucos, nem sempre a escola compra da mesma marca e fábrica. Fiquei pasma, uma menina com muitas dificuldades de aprendizagem talvez por ser imatura cognitivamente, estava ali separando e classificando os legos por um critério que teria por mim passado despercebido. Ela percebeu algo que eu não havia percebido. Compreendi então a teoria que diz que “classificação e seriação depende da relação que o sujeito faz e tem com o objeto”. Perceber esta relação pode nos abrir caminho para intervirmos no processo de aprendizagem das crianças. Que maravilha. Como não dizer que fantástico! E pensar que tive de olhar no dicionário e no google para saber o que significa as palavras classificação e seriação na matemática. Hoje me pergunto como eu pude dar aula sem conhecer estes conceitos e sem identificar esta prática nas ações de meus alunos no primeiro ano? Hoje não só sei do que estou falando como também percebo e proporciono aos meus alunos esta atividade. É possível compreender o nível de conhecimento em que eles encontram-se e também cooperar no desenvolvimento e construção do conhecimento.

16 de mai. de 2008

OS POR QUÊSSSSSSSSSSSSS




Fiquei observando meus alunos do primeiro ano do ensino fundamental durante um turno de aula, anotando quase todas as perguntas que consegui, levando em consideração que eu tinha que lhes dar um retorno, pois o "bombardeio” e a velocidade com que estas vêm a nós ao nosso reino, é enlouquecedor aos olhos de qualquer um que ver num ângulo um pouquinho mais afastado, o suficiente para ver e ouvir.
LEGENDA:
*= Pergunta do aluno_ @= "Resposta" da professora, no caso eu.

* Prô... Como é que se faz o dobrado?
@ Olha como os coleginhas fizeram, tenho certeza que você vai descobrir.
* Prô , posso pegar a minha pasta e guardar?
@ Sinal afirmativo com a cabeça.
* Prô, como se dobra?
@ Já observou como os coleginhas dobraram? É da mesma forma (cartão para o dia das mães).
* Prô, o que é para fazer aqui? E aqui?
@Me diz que número é este? Desenha pra nós tantos bichinhos de estimação, quanto é este número que aqui está.
Obs.: A criança que anteriormente queria saber como se dobra o cartão, retorna.
* Prô, é assim?
@ Beleza! Isso! Viu que você descobriu!
* O que eu faço agora? eu vou pintar? Eu tenho uma folha para pintar!
Alunos entre si: * Tu desenha aquele boneco com o cabelo para cima pra mim?
* Prô guardo meu desenho na mochila? Sou eu e a minha mãe.
@ O que você acha de trabalhar mais neste desenho?
* Ta!
* Pode fazer qualquer desenho?
* Que número é este?
* Posso ir lá a no bebedor?
Obs.: Uma criança chega em minha frente e simplesmente em completo silêncio mostra a atividade já feita, fica olhando-me esperando uma resposta de uma pergunta não verbal. olho para ela depois de perceber que as crianças fazem perguntas até mesmo quando nada dizem com a voz e lhe digo:
@ Vamos continuar? o que mais você pode fazer neste desenho?
Um aluno encontra um lápis no chão com a etiqueta do dono "NICOLAS":
* Professora, de quem é este lápis?
@ Qual a primeira letra que inicia o nome? Quem na sala de aula tem um nome com a inicial que está aí? Olha nas pastinhas da parede. Onde está a pasta que é igual ao nome que está escrito n lápis?
A criança descobre sozinho o dono do lápis em menos de 10 segundos dando um grito na sala de aula chamando o colega, como se o estivesse encontrado escondido numa brincadeira d esconde-esconde.
Um aluno em direção ao outro: * Né "T" que tu não é uma galinha?
* Prô, tu viu mu lápis preto?
* Ta bonito prô?
* Tem lanche?
* Prô, tu sabia que quando eu chegar em casa meu pai vai vender todas as latas e dar o dinheiro para mim? E, tem um monte d latas lá em casa.
Dois meninos medindo forças. Vamos ver quem comeu feijão?
* Prô, Com que letra começa ELEFANTE?
Repetindo a palavra E-L-E-F-A-N-T-E, devolvi a pergunta:
@ Com que letra começa?
* Começa com a letra "E". O "..." disse que começa com a letra "O".
Neste momento percebi que uma criança faz uma pergunta apenas para confirmar o que ela já sabe. Possui já um conceito e suas respostas, só quer estar segura quanto a "verdade", pois, vê no professor o DONO DA VERDADE, ALGUÉM QUE SABE E TEM TODAS AS RESPOSTAS.
Na aula presencial do dia14/05/2008, Seminário Integrador IV percebi que em todas as perguntas que meus colegas da faculdade haviam trazidos como exemplos, eram questões que como disse a Professora Bea, demonstravam que as crianças em suas perguntas buscam entender o mundo em que vive. Sejam elas de fundo emocional, espiritual ou na busca de conhecer o ambiente que o cerca e mundo ao qual faz parte.
Suas dúvidas são de locomoção e de necessidades físicas. Como se podem ir ao banheiro, se podem comer o lanche, se estão certos ou errados, se fazem isso ou aquilo. Ainda buscam ter segurança no desenvolvimento de sua autonomia. As perguntas são relacionadas ao seu próprio corpo, suas necessidades e a relação deste com o meio. Por tanto se observarmos os conteúdos das diferentes interdisciplinas deste semestre, elas vem entender exatamente ao encontro de nossas dúvidas e perguntas como professores. Estudando espaço e forma, tempo e espaço, o desenvolvimento, níveis e como este conhecimento de mundo se dá nas diferentes etapas da vida de uma criança, podemos ver que também as perguntas e essencialmente estas, demonstram os estágios em que se encontra em seu desenvolvimento. Podendo o professor intervir para o crescimento de seu aluno.
O plano de estudos para o primeiro ano desenvolve estas questões na área cognitiva, psicomotora e na área emocional (afetiva) se faz necessário abordar conteúdos de desenvolvimento e compreensão moral, oral, religiosa e social. Ainda, as relações positivas com os outros, para com Deus, a família e a natureza. Entre outras as normas de interiorização de valores, limites de higiene, educação sexual, colaboração e solidariedade.
Mas o q mais me chamou a atenção e deixou-me intrigada, é que todos na aula presencial tiveram a oportunidade de ouvir muitas perguntas feitas por nós professores/alunas do PEAD. As queixas e dúvidas foram em relação às vezes em que somos levadas a pensar de maneira crítica em nossos próprios trabalhos e atividades do curso. Tivemos muitas teorias lá abordadas e práticas de sala de aula em que valorizamos a busca pelas respostas para formarmos pensadores críticos e atuantes, autônomos em suas vidas e interventores na sociedade. Citamos pensamentos e pensadores e na hora em que devemos demonstrar atitude, uma relação com a teoria e prática, nos mostramos indignados com uma abordagem que nos leva a análise crítica de nossas ações pedagógicas. Aí neste caso deixo eu uma pergunta:
_ Estamos sendo exemplo deste cidadão em que queremos ajudar na formação e desenvolvimento? Estamos levando em consideração que o exemplo e atitudes ensinam de forma mais eficiente do que as palavras em sala de aula?

3 de mai. de 2008

PRÁTICA EM ESTUDOS SOCIAIS

Dou aulas em duas turmas do primeiro ano do ensino fundamental e nesta série os conteúdos do plano de estudos na área das ciências sociais com enfoque no tempo e espaço são intrinsecamente relacionados ao corpo: “O corpo e a aprendizagem caminham juntos. É através do corpo que o indivíduo entra em contato com o conhecimento”. (Vieira, 2003)
Segundo Piaget, a criança reconhece inicialmente os objetos que lhe são familiares (período “espaço perceptivo ou espaço de ação”) e somente quando as ações se tornam reversíveis é que a exploração se torna sistemática. Toda a percepção do mundo se embasa no conhecimento do próprio corpo, que é o ponto de referência para o crescimento e desenvolvimento das percepções de espaço e tempo.
Como professora a intervenção no desenvolvimento das noções de espaço e tempo se dá através de atividades lúdicas, com base na noção que a criança já possui, tendo desenvolvido ao longo das experiências pré-escolares em resumo os seguintes conteúdos:
Interpretação de histórias orais e através de desenhos; Relação espacial e temporal (antes, durante, depois, ontem, hoje e amanhã); Reprodução do crescimento e fases do desenvolvimento; Noção de verticalidade e horizontalidade; Memória global; Memória seqüencial; Esquema corporal; Posição no espaço; Relações do próprio corpo/objeto; Relações espaciais (em cima, em baixo, em frente, atrás, dentro, fora, longe, perto, entre um e outro); Direcionalidade; Lateralidade; Sobre o próprio corpo e fora dele; Direita e esquerda; Emparelhamento, temporalidade; Noção de causalidade; calendário; alternância cíclica; dias da semana e do mês; O tempo histórico e o espaço geográfico; Orientação espacial sala de aula, escola, cidade) e Espaço natural (aspectos físicos, históricos, econômicos).
É nas atividades motoras que se iniciam os primeiros trabalhos que desenvolvem a noção de espaço. Ex: Quando pedimos às crianças que desenhem a si mesmas dentro de um quadro. Quando propomos que colem um fio de linha em cima de um traçado no papel. Ou ainda quando brincam de amarelinha no pátio da escola, coelhinho sai da toca e em sala de aula desenhar e reconhecer móveis e objetos com formas geométricas. As primeiras noções de espaço construídas pela criança são referentes ao espaço prático da ação (etapa do espaço perceptivo ou espaço da ação), que ela constrói por meio dos sentidos e através dos seus próprios deslocamentos. Em sala de aula podemos fazer atividades como “Cabra cega”. Fiz uma experiência bastante interessante em que numa trilha que teve início na sala de aula e ia até o pátio da escola. Trata-se de colocar em pontos diferentes desta trilha, diferentes materiais como folhas secas, serragem, pedrinhas, areia, tijolos, sacos plásticos etc. A criança com os olhos vendados, é conduzida por outra, tenta adivinhar ao passar por cada ponto, em que está pisando. É um exercício de desenvolvimento sensório perceptivo. Em outra ocasião as crianças recortaram de revistas alguns móveis e em uma grande casa tiveram de ordenar cada móvel no ambiente correto da casa. Ex: sofá na sala. É interessante como dentro de uma mesma sala de aula, crianças com a mesma idade não estejam no mesmo nível de noção espacial. Tenho crianças que ao ser solicitado que desenhe uma caixa cheia de brinquedos e que está a sua vista, ela não consegue desenhar os brinquedos que estão dentro da caixa mesmo estes estarem à vista e a caixa estar aberta. Enquanto outras desenham a caixa com os brinquedos dentro e ainda a posição correta em que a caixa se encontra em relação a outros objetos pertos da caixa. Isto se dá ao fato que inicialmente não conservam as distâncias e as dimensões como um sistema de coordenadas, pois consideram seu ponto de vista como único.
Para trabalhar a noção de tempo iniciamos com uma pesquisa junto aos pais para conhecer a história do nome de cada um. Esta atividade serviu para que eles pensassem a respeito do fato de não existirem quando os pais já discutiam na escolha do nome. Surgiram muitas histórias e esta atividade foi bastante divertida. O período sensório-motor se dá do zero aos dois anos mais ou menos e a noção de tempo é imediata e por meio da ação, somente quando há uma ação como mamar, por exemplo, é que a criança “existe”. As principais aquisições do período sensório-motor, destaca-se a construção da noção do "eu", através da qual a criança diferencia o mundo externo do seu próprio corpo. O bebê o explora, percebe suas diversas partes experimenta emoções diferentes,formando a base do seu autoconceito. Ao longo desta etapa, a criança irá elaborar a sua organização psicológica básica, seja no aspecto motor, no perceptivo, no afetivo, no social e no intelectual. Para Piaget nesse periodo ha existência de inteligência antes da linguagem. Essencialmente prática, isto é, tendente a resultados favoráveis e não ao enunciado de verdades, essa inteligência nem por isso deixa de resolver, finalmente, um conjunto de problemas de ação (alcançar objetos afastados, escondidos, etc.), construindo um sistema complexo de esquemas de assimilação, e de organizar o real de acordo com o conjunto de estruturas espácio-temporais e causais
Na construção da noção de tempo acredito que as crianças em idade de primeiro ano estejam no estágio “Tempo Intuitivo” onde atividades como pesquisar a história do nome, medir sua altura e comparar com a altura dos demais colegas, desenhar fatos que considera importante e esteja guardado em sua lembrança, ordenar gravuras pela seqüência dos fatos representados, etc. Em uma aula contei a história do Brasil com riqueza de detalhes de como era o meio ambiente e características, localização no mapa e de como as pessoas se vestiam e agiam naquela época, depois pedi que as crianças desenhassem como era na época do Descobrimento e outro desenho de como o Brasil se apresenta e é nos dias atuais. Conversamos sobre as diferenças e quanto tempo se passou, ou seja, tiveram uma noção espaço temporal da região Brasileira. Em outra historinha a senhora já idosa contava a sua neta que quando era pequena guardava objetos que para ela eram verdadeiros tesouros, que lhe traziam grandes emoções. A senhora mostra a neta as suas lembranças ainda guardadas em caixinhas d fósforos. Na prática meus alunos trouxeram caixinhas de fósforos vazias, encaparam com papel colorido e foi dada a sujestão que guardassem nelas coisas que são muito importante para eles, que quando forem velhinhos vão gostar de mostrar aos seus netos. Legal, também, é contar a história da criação do mundo cada coisa criada no seu dia, comparar com os dias da semana, o que as crianças fazem a cada dia, quantos dias tem uma semana. Pode ser construído um livrinho com cada dia da semana e as coisas que Deus criou. Tudo há seu tempo. Sei que meus alunos não estão no estágio operatório, pois, não conseguem retroceder nos fatos, regressar um acontecimento e nem reorganizar da mesma forma uma seqüência vivenciada ou reproduzida.

Fonte de estudos: Plano de Estudos do Primeiro Ano do Ensino Fundamental, pesquisas em sites na internet (vários) e leitura do texto “Práticas em Estudos Sociais”.

HOMENAGEM ÀS MÃES

HOMENAGEM ÀS MÃES


PARABÉNS A TODAS NÓS MÃES!!!!

26 de abr. de 2008

PLANO INDIVIDUAL DE ESTUDOS

PESQUISA E ESTUDOS SOBRE: HIPERATIVIDADE E RETARDO NEURO PSICOMOTOR.

Sou professora do primeiro ano do ensino fundamental e tenho um aluno "R", 6 anos, com o diagnóstico de hiperatividade, Atraso no Desenvolvimento Neuropsicomotor e Abandono
Materno. Neste sentido tenho tido muitas dificuldades e nenhum conhecimento em relação a este assunto, sendo necessário e de extrema importância para o processo de desenvolvimento e a relação professor x aluno com necessidades especiais que, eu obtenha, maior compreensão e conhecimento para trabalhar, intervir e saber agir diante desta situação.
Com este estudo pretendo saber como resolver questões e crises relacionadas à agressividade excessiva de meu aluno. O que desencadeia a agressividade? Como intervir e desenvolver o processo de aprendizagem? Como se dá o processo e desenvolvimento da aprendizagem na mente de uma criança hiperativa e com atraso no Desenvolvimento Neuropsicomotor?
Serão feito Registros de todas as informações e observações diárias em relação a esta criança.
Pretendo também melhorar minha capacidade de buscar informações que possam me ajudar em minhas dificuldades e necessidade como professora. As informações serão adquiridas através de estudos sobre o assunto nos livros, sites da internet e textos que abordam estes assuntos e a leitura de artigos que tratam do tema.
Iniciei os estudos neste momento, pretendo estar bem mais segura em relação a estes assuntos até o final do primeiro semestre de 2008. Para poder fazer as intervenções e colaborar no desenvolvimento da criança.
Uma descoberta importante que fiz é que o retardo neuropsicomotor é devido a hiperatividade sendo uma característica, um sintoma e não uma doença. O "R" não absorve as informações o que muitas vezes isso é confundido por pais e educadores como desobediência.

Sintomas do Hiperativo

A criança hiperativa tem pelo menos seis sintomas do grupo à esquerda ou seis sintomas do grupo à direita por mais de seis meses. Eles aparecem, no máximo, até os 7 anos

Grupo 1
. Não consegue enxergar detalhes ou comete erros por descuido nas tarefas escolares ou em outras atividades
. Tem dificuldade de manter a concentração em tarefas ou brincadeiras
. Parece não ouvir o que se diz a ele (a)
. Não consegue seguir uma instrução até o fim e deixa de completar trabalhos escolares ou tarefas domésticas (mas a recusa não decorre de comportamento desafiador ou da falta de compreensão das instruções)
. Dificuldades em organizar tarefas e atividades
. Evita ou reluta em iniciar tarefa que exige grande esforço mental
. Perde com frequência objetos de uso diário, como material escolar e brinquedos
. Distrai-se com facilidade por estímulos externos
. Esquece atividades cotidianas

Grupo 2
. Inquietação constante (remexe as mãos ou os pés ou se contorce no seu lugar)
. Sai do seu lugar na sala de aula ou em outras situações em que deve permanecer sentado
. Corre sem destino ou sobe em cima de móveis e objetos
. Dificuldade em se engajar em uma atividade recreativa com tranquilidade. Está sempre em movimento, age como se estivesse ligado a um "motorzinho"
. Fala o tempo todo
. Começa a responder a perguntas que ainda não foram completadas
. Tem dificuldade em esperar sua vez em jogos ou situações em grupo, interrompe a conversa de outras pessoas.
Como lidar com o hiperativo

1. Crianças hiperativas precisam de limites. A saída não é deixá-las fazer tudo, mas impor as regras sem demonstrar irritação com a dificuldade da criança em responder às expectativas.
2. É preciso repetir a mesma instrução várias vezes sem perder a paciência já que a criança hiperativa não deixa de obedecer por birra, mas porque não armazenou a informação.
3. Pais devem elogiar o que a criança faz certo. Como o hiperativo vive sendo repreendido em casa e na escola, é preciso reforçar as atitudes positivas para elevar a auto-estima.
4. Não encha o quarto de bichos de pelúcia nem de quadros nas paredes. Quanto mais "clean" a decoração, mais fácil será manter a criança concentrada.
5. Também limite o número de brinquedos disponíveis para evitar distração. Descubra quais os tipos que prendem mais a atenção dela e dê preferência a eles.
6. Quase todo hiperativo tem problema de coordenação motora. Para não se chatear à mesa, prefira copos e pratos de plástico. E evite encher a sala de bibelôs ou vasos de vidro.
7. Crianças hiperativas se adaptam melhor a escolas pequenas, com menos de 20 alunos por sala, em que o professor dá atenção individual. Evite escolas que valorizam muito a disciplina.
8. Na sala de aula, o hiperativo deve sentar-se longe da janela, de preferência nas primeiras fileiras, para diminuir as distrações.
9. Como a criança hiperativa tem dificuldade de permanecer sentada durante toda a aula, o professor deve usá-la como ajudante, pedindo que busque livros na biblioteca ou que auxilie colegas com dificuldades.
10. Atividades físicas como natação ajudam a gastar energia. Mas evite esportes que demandem grande coordenação motora, como futebol ou basquete.
Saber como agir é de fundamental importância nestes casos.
- O passo inicial para todos os pais e/ou cuidadores é o conhecimento.
Quanto mais eles estudarem, se informarem e se educarem sobre o
problema de seus filhos, mais estarão preparados para lidar com ele da
forma mais apropriada.
- O passo seguinte é conseqüência do primeiro: saber diferenciar
desobediência e inabilidade. Uma vez que os pais e/ou cuidadores
conheçam suficientemente bem o problema, eles estarão aptos a distinguir
quando a criança está sendo desobediente e rebelde, ou quando
simplesmente, não está conseguindo controlar seus impulsos e fazer o que
eles ou outras pessoas responsáveis estão pedindo.
- O próximo passo é saber dar ordens positivas. Isso vai um pouco contra o
que se aprende a fazer, de forma não espontânea, levando um pouquinho
de tempo e prática até que se acostume. (...) Se, por exemplo, seu filho está
num entra-e-sai de casa, justo no momento em que o quintal está sendo
lavado e deixa um rastro molhado sempre que irrompe porta adentro, a
reação mais provável será ralhar com ele, ordenando que pare de molhar a
casa ou que pare de correr. Está sendo dada uma ordem negativa. É bem
provável que a criança DDA obedeça por um tempo, até que se distraia e
sua impulsividade dê novamente partida para outros entra-e-sai. (...) Como
ordem positiva, poderia instruí-lo sobre secar os pés em um pano, antes de
entrar, ou brincar somente do lado de fora ou apenas do lado de dentro, de
uma forma serena e não ameaçadora.
- E o último passo é a continuidade dos anteriores e seu objetivo principal é
sempre promover o sucesso da criança. Hábitos arraigados são difíceis de
mudar, mas não impossíveis. Trata-se de abandonar o padrão antigo de
valorizar mais as atitudes negativas da criança (ela percebe perfeitamente
que chama mais atenção quando faz algo errado) e mudar para um padrão
de sempre incentivar, reforçar e promover o sucesso dela.

Fonte de estudos:"ELISANGELA CAÇADOR VIDAL
ANÁLISE COMPORTAMENTAL DA CRIANÇA
HIPERATIVA NA SOCIEDADE NA FAMÍLIA E NA
ESCOLA, COM ESTUDO DE CASO
WENCESLAU BRAZ
2006"

12 de abr. de 2008

REPRESENTAÇÃO DE MUNDO


Observando os desenhos de minhas colegas de curso,as palavras que tiveram as representações mais semelhantes foram: luz, árvore, estrada e pé. Mas o mais incrível é que nos desenhos do primeiro grupo o qual observei exatamente todas as representações da palavra estrada, é de uma estrada iniciada no canto esquerdo inferior do quadro, em direção ao canto direito superior do quadro. Intrigou-me por que as pessoas têm muitas vezes uma concepção de imagem tão semelhante assim. Uma idéia de explicação para isso talvez seja o fato de nos condicionarmos em um desenho desde crianças, quando fizemos nossos primeiros desenhos. Ocorreu-me então que os adultos e as professoras talvez dêem aos alunos modelos de figuras para simplesmente serem coloridos e não os exploraram e /ou não exploram a criatividade das crianças, levando em conta a imagem que elas têm do mundo.
A palavra que mais tive dificuldade para representar foi SAUDADE. Deixei-a por último. Não sei se é por que não tenho saudade de muitas coisas, não sei se é por que a saudade representa um sentimento o qual não gosto muito de ficar relembrando e me atendo a ele, não sei se por que é um sentimento subjetivo difícil de ser materializado em uma imagem “objeto”. O fato é que a representei com bolinhas no espaço, ou àquelas bolinhas que indicam que um personagem está apenas pensando em uma cena. O que sei é que sentimentos são difíceis de serem representados, talvez pelo fato de ter que ser compreendido e tem de ter forma para podermos representá-lo. E, muitas vezes não compreendemos sentimentos.
A palavra que mais teve representações diferentes também foi SAUDADE. Talvez por tudo o que já escrevi na questão anterior. Agora venho confirmar depois de olhar mais uma vez os desenhos de meus colegas. Para mim a palavra SAUDADE tem uma representação triste, mas, pude ver nos desenhos dos demais é que algumas representações são de alegrias e sorrisos. Isso demonstra o quanto representar sentimentos é algo único. Cada ser sente de forma única, mesmo sendo uma mesma situação. Por exemplo: uma festa de 15 anos pode ter tantas representações diferentes quanto os convidados ou pessoas que dela participaram. Neste caso a palavra SAUDADE teve tantas representações diferentes quantos colegas que a representou.

PENSANDO E PRATICANDO ESTUDOS SOCIAIS

Relembrando minha trajetória de discente, cursei meu ensino fundamental na década de 80, em uma Escola estadual no interior do RGS. Talvez a localização e os anos expliquem o fato de lembrar-me das aulas de Estudos Sociais com clareza. Lembro-me que estudávamos conteúdos relacionados à política do município, estado e país. Os desfiles em dias 7 de setembro eram “O Acontecimento do ano”. Preparávamos-nos ano todo para tal, roupas e apresentações. Lembro-me de mobilizações para doação de uniformes às crianças “carentes” para que exatamente todos os alunos da escola desfilassem. Não era permitida nenhuma falta. Eu sempre ia para a Avenida integrante de um grupo, lembro-me de ter desfilado de roupa de balé fazendo uma coreografia, vestida de gaúcha tradicionalista, toda de vermelho integrante do coral da escola, etc. Cada ano era um novo tema, ensaios e mais ensaios. Todos se envolviam, toda a comunidade. A cidade toda se preparava para assistir aos desfiles do dia 7 de setembro. Era lindo, realmente um espetáculo. Havia um espírito de cidadania que hoje não vejo mais nas pessoas. Tínhamos USPB, assunto chato, mas onde aprendi os símbolos brasileiros, hino nacional e tudo o que veio de conhecimento nas entrelinhas. Um sentimento de cidadã parte de uma sociedade e com uma consciência crítica sobre esta que me formou atuante nela. Lembro-me que se um aluno fosse pego cantando o Hino Nacional mastigando chiclete, era colocado de castigo sem contar à vergonha que passava diante de todos, era humilhante não ter respeito e honrar o nosso País. Talvez os professores exagerassem, mas sinto saudade de quando algumas coisas tinham um sentido. Cabem a nós professores resgatarmos o sentimento de civismo, ser críticos atuantes na sociedade.
Trabalho com o primeiro ano do Ensino Fundamental e não possuo muita prática no ensino de Estudos Sociais. Porém vou tentar rever minha trajetória e redescobrir meus conceitos e através dos estudos dos textos criar outros com certeza. “Se estudos sociais muitas vezes nem é lembrado nas séries iniciais” (Maria Aparecida Bergamaschi ), esta é a explicação no meu entender, talvez até abordemos e trabalhamos com conteúdos que são Estudos Sociais, mas nem ao menos nos damos conta nas séries iniciais. Não há uma definição clara e nem objetivos claros nem para os professores, quanto menos transmitir um sentido de Estudos Sociais para as crianças.
Quanto à idéia muito bem escrita no texto sobre planejamento, devo confessar que neste ano todo o meu método de trabalho tem sido renovado. Até ano passado com quatro anos de nomeação no estado, minhas aulas não eram planejadas, considerava que eu sabia exatamente os conteúdos e formas a ser trabalhados com meus alunos. No entanto depois que comecei a estudar neste curso meu pensamento foi tomando outra forma. Hoje sei que ao planejar minhas aulas consigo estabelecer objetivos claros e posso avaliar meu trabalho de forma sistemática e crítica. Todas as minhas aulas são planejadas e através de projetos onde consigo trabalhar as disciplinas de primeiro ano, integrando-as inclusive com o lúdico, jogos e brincadeiras. Tenho traçado metas e caminhos para alcançar o que desejo com as crianças, isso tem me passado segurança e minhas aulas passaram a ter qualidade e valor teórico onde posso pesquisar em meu próprio trabalho registrado, os conteúdos que são propostos neste curso.
Em nosso dia a dia em sala de aula temos trabalhado Estudos Sociais com as crianças sem objetivarmos este conteúdo e talvez transmitindo uma idéia de que não tem tanta importância quanto os conteúdos de outras disciplinas como matemática, por exemplo. Com as crianças conceituamos o EU e o Outro, EU e o Grupo, EU e a Família, EU e o Professor; Relação espacial e temporal: antes, durante, depois, ontem, hoje e amanhã; Direitos e Deveres; Família: modelos, componentes, origem familiar, trabalho, moradia, costumes; Causalidade: causa/efeito, por quê? Calendário; Dias da semana e do mês, Datas Comemorativas; Identidade/subjetividade, espaço/tempo, memória, poder, lugar,
Representação, cidadania e ética; Orientação espacial: sala de aula, a escola, a cidade; Espaço natural: A comunidade do homem, aspectos físicos, históricos, econômicos, sociais e humanos; Comunidade: Princípios de convivência social, Preservação dos bens públicos e a interação comunidade/escola. Porém sem um planejamento documentado e com objetivos fundamentados em teoria Pedagógica. Dando a importância que estes conteúdos têm para que possamos intervir na realidade social em que vivemos e reconhecendo na criança um ser social que vive num espaço/tempo o qual deve agir e transformar.
Eu diria hoje no quarto semestre do curso, depois da forma que vem tomando o conhecimento que vou adquirindo que: Compete a mim professora buscar, nas diferentes áreas do conhecimento, as ferramentas para analisar, adquirir e compreender as diferentes concepções e práticas, transformar o conhecimento em saber escolar; participar como autor da organização de projetos educativos escolares e não-escolares que expressam os anseios da sociedade. O eixo de nossa formação, portanto, é o trabalho pedagógico, escolar e não escolar que tem na docência o seu principal fundamento, e com isso transmitir com meu exemplo uma prática social crítica e atuante nas questões da comunidade.
Nosso planejamento deve ser coerente com a realidade, para tanto, é necessário um estudo e pesquisas com as crianças sobre tudo o que as envolve , sendo apontado problemas, situações que necessitam de intervenção e atitude em resolvê-las. Tendo como base um estudo histórico, geográfico de nosso povo. No caso a comunidade, município, estado, país e mundo. Sempre levando em consideração o grau de compreensão da criança nestes assuntos. Uma idéia é começar com o Eu indivíduo, depois Eu social, Família, trabalhar a identificação do aluno com vistas às noções de cidadania e também noções de mapeamento. “Trabalhar com estudos sociais é mostrar que as pessoas são diferentes, que as culturas são diferente, que a realidade do campo e da cidade é diferente, que o mundo é diferente...” (Revista Nova Escola).
Como diz Edson Vara: "É fundamental estar atento às formas como se produzem as desigualdades entre pessoas e grupos sejam elas atribuídas à raça, à classe ou ao sexo”.
O planejamento das aulas deve começar com propósitos claros sobre as finalidades dos conteúdos na preparação dos alunos para a vida social: que objetivos mais amplos queremos atingir com o nosso trabalho, qual o significado social destes conteúdos que abordamos o que pretendemos fazer para que meus alunos reais e concretos possam tirar proveito da escola etc. As finalidades ou objetivos gerais que o professor deseja atingir vão orientar a seleção e organização de conteúdos e métodos e das atividades propostas aos alunos. Fazer do universo escolar como alavanca para transformações. As crianças observarem os problemas da sociedade e, em seguida, elas mesmas sugerem soluções. É difícil planejar uma aula bacana sem levar em consideração as concepções prévias dos educando. Elas fazem parte de um sistema de representações que tem sua coerência e suas funções de explicação do mundo. Trabalhar a partir das representações dos alunos não é fazê-los expressarem-se, para desvalorizá-la imediatamente. O importante, de acordo com Perrenoud (2000), é dar-lhes regularmente direitos na aula, interessar-se por essas representações, tentar compreender suas raízes. As perspectivas atuais de educação objetivam desenvolver o ser humano de forma integral, preparando-o para a convivência no meio social. Com base na busca pela autonomia de estudo, educar consiste em um processo que pretende ensinar o aluno a conhecer e reconstruir esse conhecimento, a manifestar esse conhecimento nas relações, a conviver pacificamente com os outros e a aprender a ser, pensar, exercer a responsabilidade, enfim, sendo um indivíduo autônomo.
Nesse sentido, educar não é simplesmente ensinar a memorizar uma série de conteúdos científicos, mas conduzir o aluno rumo à organização do pensamento, estabelecendo relações com a realidade. Isso pressupõe o desenvolvimento da autonomia de estudo, por meio da qual o aluno se sente motivado e mobilizado para a busca do conhecimento. Para tanto, é preciso mobilizar o educando, objetivando o vínculo significativo entre o sujeito e o objeto. Estas transformações no ensino podemos nós, professores faze-las através dos planejamentos conscientes em Estudos Sociais.

http://www.cee.sc.gov.br/ensino_distancia/EM%20BUSCA%20DA%20AUTONOMIA%20DE%20ESTUDO.doc
Bibliografia: Plano de Estudos do Primeiro Ano do Ensino Fundamental.

(um dos dias 7 de setembro da vida)