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31 de mai. de 2009

CONHECIMENTO É INSTRUMENTO DE TRABALHO PARA O PROFESSOR


Neste semestre uma questão vem inquietando-me: O que fazer enquanto professora diante de crianças com dificuldades na aprendizagem? Muitas foram às discussões referentes às crianças de inclusão, como fazer a inclusão, como trabalhar com crianças com necessidades educativas especiais, como trabalhar questões étnicas raciais e por aí afora... Revoltas, posicionamentos e muitos debates.
No Projeto de Aprendizagem o qual sou integrante do grupo, tem como questão norteadora: Responsabilidades para se fazer a inclusão. Senti então a necessidade de correr atrás desse conhecimento que não só trará respostas, mas, a compreensão do meu fazer e de meu dever enquanto educadora.
Foi por interesse que baixei um livro da internet (Título: o Nascimento da Inteligência na Criança. Autor: Jean Piaget. Coleção: Plural, N.°0. 1971, Delachaux & Niestlé S.A.), mas, foi por acaso que hoje o reencontrei. Estou neste momento sem sinal da internet e senti a necessidade de rever os materiais que possuo guardados em arquivos off line (quem sabe encontro algo que eu possa estudar e aumentar os meus conhecimentos satisfazendo-me em minhas indagações). “Bingo!” Dia desses vi o título deste livro em outro que estou lendo e disse a mim mesma, tenho de ler este também. Para minha surpresa, o encontro agora em meus guardados virtuais.
As idéias desenvolvidas neste livro fazem parte das pesquisas de Piaget e completa com um estudo sobre a génese da imitação na criança, formação dos esquemas sensório-motores e no mecanismo de assimilação mental.
Em resposta ao nascimento da inteligência Jean diz que é evidente que “certos fatores hereditárias condicionam o desenvolvimento intelectual”. Os fatores são de ordem estrutural e estão ligados à constituição do nosso sistema nervoso e dos nossos órgãos dos sentidos. Ainda comprova que existe uma inteligência sensório-motora ou prática cujo funcionamento prolonga o dos mecanismos de nível inferior: reações circulares, reflexos, e mais profundamente ainda, a atividade morfogenética do próprio organismo.
Compreendi que muitas vezes quando as crianças têm dificuldade na aprendizagem é porque não possuem bem estruturados os conceitos e esquemas lá do período sensório motor. Quem sabe se voltarmos às atividades deste período com as crianças, nós professores conseguimos auxilia-las na estruturação de conceitos básicos, importantes na aquisição e desenvolvimento de novas aprendizagens. A questão é conseguirmos este tempo para nos dedicarmos às observações, estudos e atividades que farão com que estas crianças reconstruam suas estruturas cognitivas. Temos como fundamento o estudo da plasticidade neural, sabemos que se estimularmos e fizermos o caminho retrospectivo, podemos mudar o quadro do nível cognitivo nas crianças com dificuldade na aprendizagem.
Podemos explicar o surgimento da inteligência da criança através da pressão do meio exterior, imprimir pouco a pouco na mente da criança influenciando-a em seu desenvolvimento. Neste caso com o empirismo, se negligencia a atividade intelectual em favor da pressão dos objetos, mesmo assim não se pode negar que implica então uma harmonia preestabelecida entre as estruturas» do objeto e as do sujeito.
Também é possível dizer que a inteligência pela própria inteligência, isto é, podemos supor a existência de uma atividade estruturada desde o início, aplicando-se apenas a conteúdos cada vez mais ricos e complexos. Assim, existiria desde o plano fisiológico uma inteligência orgânica», que se prolongaria em inteligência sensório-motora e, no fim, em inteligência refletidora propriamente dita. Esta explicação vai, naturalmente, em paralelo com o vitalismo em biologia.
Em terceiro lugar, segundo as concepções apriorista, podemos considerar o desenvolvimento da inteligência como devido, não a uma faculdade que já está completada, mas à manifestação de uma série de estruturas que se impõem de dentro à percepção e à inteligência, à medida das necessidades que o contato com o meio provoca. As estruturas exprimiriam assim a própria contextura do organismo e das suas características hereditárias, o que torna inútil qualquer aproximação entre a inteligência e as associações ou hábitos adquiridos sob a influência do meio.
Em quarto lugar, a inteligência pode ser concebida como uma série de ensaios ou tentativas, inspiradas pelas necessidades e pelas implicações que delas resultam, mas selecionadas pelo meio exterior (tal como em biologia as mutações são endógenas, mas a sua adaptação é devida a uma seleção posterior). Esta interpretação pragmática da inteligência seria intermédia entre o empirismo da primeira e o apriorismo da terceira solução.
Por fim e em quinto lugar, podemos conceber a inteligência como o desenvolvimento de uma atividade assimiladora cujas leis funcionais são dadas desde a vida orgânica e cujas estruturas sucessivas que lhe servem de órgãos se elaboram por interação entre ela e o meio exterior.
Entretanto, em se tratando de processos mentais, a assimilação e a acomodação das percepções que num primeiro momento são contrárias, uma vez que a primeira permanece egocêntrica e a segunda é imposta pelo meio exterior, completam-se uma à outra à medida que se diferencia, a coordenação dos esquemas favorece o desenvolvimento da acomodação, e reciprocamente. É assim que desde o plano sensório-motor, a inteligência supõe uma união cada vez mais estreita da experiência com a dedução. É imprescindível que nós professores tenhamos pelo menos noção de como se processa e se desenvolve a inteligência em uma criança, para podermos trabalhar de forma a auxiliá-la na construção de novas aprendizagens ou até mesmo, em casos mais específicos, ser mediadora no processo de reorganização das estruturas cognitivas.

5º SALÃO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA_27 A 29 DE MAIO DE 2009_CAMPUS CENTRAL-UFRGS

Tive a oportunidade de participar das atividades no SALÃO EAD na sexta feira dia 29. O que mais me impressionou foi o momento onde diferentes cursos em EAD colocaram suas experiências e tiveram a oportunidade de posicionar-se, mostrando que a modalidade de curso à distância em nada perde para os cursos presenciais. Pude perceber que ainda há por parte dos integrantes de cargos e representações na UFRGS, certo preconceito, mesmo que camuflado, que cursos à distância não têm a mesma qualidade dos presenciais. Pela própria linguagem em que usam ao referirem-se aos cursos e alunos na modalidade EAD. Foram discutidas questões como a participação dos alunos em todos os aspectos, assim como alunos de cursos presenciais, em todas as áreas da UFRGS. O fato de estarmos discutindo estas questões já é evidência do preconceito por parte da própria Universidade. Como diz a nossa querida Rosane: \"Estas questões nem deveriam de estar sendo discutidas, alunos de EAD ter de lutar por igualdade de expressão e participação na Universidade a qual programou os cursos em EAD com a referida importância...\" (claro que ela usou outras palavras, mas, quis dizer que se a Universidade reconhece os cursos em EAD, estes não deveriam estar lutando para estar nos mesmo patamares de igualdade no conceito da UFRGS).

28 de mai. de 2009

CRIANÇAS COM DIFICULDADES NA APRENDIZAGEM


Na interdisciplina de EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS - B no texto sugerido para estudos: “Organização básica do sistema nervoso”, há uma informação importante: Que a todo o momento somos bombardeados por informações vindas de muitos aspectos, no entanto apenas registramos em nossa memória àquelas que consideramos importantes. Daí nossa preocupação como professores em fazer de nossas aulas atrativas e com sentido e importância para nossos alunos. Acredito ser importante comentar o conceito de Plasticidade Neural para entendermos um pouquinho mais o desenvolvimento da criança e como se dá a sua aprendizagem: “É a habilidade de tomar a forma ou alterar a forma e funcionamento a partir da demanda ou exigência do meio”. Em outras palavras \ “a plasticidade neural é a propriedade do sistema nervoso que permite o desenvolvimento de alterações estruturais em resposta à experiência, e como adaptação a condições mutantes e a estímulos repetidos\". Eu nem sabia que isso existia. Amo psicologia por que explica muitas coisas as quais não compreendemos e mudamos nossas atitudes e pontos de vistas quando de posse das informações. Podemos dizer em outras palavras também que a plasticidade cerebral é a capacidade do sistema nervoso central de adaptar-se com habilidades de modificar sua reorganização estrutural.
Com isso podemos dizer que quando nos deparamos com crianças que aparentemente não possuem condições de aprender ou apresentam dificuldades na aprendizagem, se estimuladas da forma correta e consciente por parte dos professores, podemos desencadear uma série de reações estimulantes capazes de refazer e reorganizar estruturas acomodadas. Confesso que sem o conhecimento vejo as crianças com necessidades educativas especiais como um enigma, um mistério.
o fato de sermos todos limitados em alguns aspectos e muitas vezes recebemos crianças em sala de aula com limitações que não consideramos da forma que deveríamos, ou, se consideramos, barramos nas estruturas da escola pública e na falta de recursos. São as crianças com dificuldades na aprendizagem, sem nenhuma necessidade educativa especial aparente. Crianças que não detectamos o problema e que não demonstra estar aprendendo por mais diferenciados sejam os nossos métodos, didática e pedagogia. Tenho umas 4 crianças em uma turma de 25 alunos que não estão demonstrando aprendizagem. Já estamos no final do mês de maio, no 2º ano escolar e estas crianças não reconhecem ainda as letras do alfabeto. Quando reconhecem seu próprio nome é deforma bem mecânica como se tivessem decorado a imagem escrita, e não porque compreendem a relação do símbolo com o som. Estou bastante preocupada. Crianças com necessidades educativas especiais e que têm condições de aprender ao ensinarmos de forma adequada, a gente acaba aprendendo e tirando de letra depois de superados os desafios. Mas, e estas crianças as quais nada é feito? Não aprendem, fazemos de tudo em sala de aula e parece-me que nada dá resultado e em minha escola não temos laboratório de aprendizagem. Temos estudado o método clínico de Piaget, testes simples que nos trariam algumas respostas, sei lá. Poderia até aplicar os testes, fazer algumas observações, diagnosticar alguma coisa, mas, não há tempo. Quando estamos em sala de aula sabemos que não é possível fazer isso. Enquanto isso o tempo está passando, logo chegaremos ao final do ano letivo e estas crianças não estarão alfabetizadas, objetivo do segundo ano.
Pedi aos pais que as levem em uma psicóloga, pediatra e/ou neurologista, mas, até agora nenhum retorno. Em sala de aula continuo insistindo, as crianças parecem-me não captarem o que digo, enquanto as outras respondem demonstrando evoluir na aprendizagem. Acredito que primeiramente deve-se detectar qual o problema e depois traçar caminhos. Até agora não consegui detectar o problema, parece-me uma dificuldade neurológica mesmo e bloqueios causados por traumas emocionais. Penso assim pelo que investiguei junto aos pais conforme o histórico das crianças.

22 de mai. de 2009

EDUCAÇÃO/CIVILIZAÇÃO/BARBÁRIE



Quero dividir com todos esta reflexão que fiz na atividade da interdisciplina de filosofia por acreditar que faz parte também de minhas reflexões teoria x prática.
Tendo lido o texto sugerido como referencia a esta atividade, observei algumas sentenças que na seqüência formam a síntese da minha análise. Muito bem citado Auschwitz como instrumento para ilustrar a relação educação/civilização e barbárie no ensaio do filósofo alemão Theodor Adorno (1903 - 1969) intitulado Educação após Auschwitz. Dá para se compreender a profundidade e contexto por ele idealizado em seu texto. Como o autor mesmo diz. Dispensa qualquer justificativa ou explicações. Percebi a importância da educação e de nós educadores no processo de conscientização do indivíduo e humanização. Até porque realmente não há a consciência da monstruosidade cometida, podendo sim ser repetida se não for devidamente desmascarado o que levou os homens acometer tal horror. Falo do resgate do ser humano enquanto humanidade. Não só resgatar sentimentos fraternos, mas, o conhecimento e a reflexão sobre si mesmo. Veja o que o autor diz: “A educação só teria pleno sentido como educação para a auto-reflexão e crítica”. Ontem mesmo, aconteceu algo em minha sala de aula que me levou apensar sobre barbárie. São apenas crianças e às vezes demonstram sentimentos e atitudes irracionais, hoje são atos que podemos contornar. Mas, e quando forem adultos? Um menino amassou um trabalhinho em que a coleguinha passou a manhã toda fazendo com muita concentração, carinho e dedicação. Fiquei chocada diante de um fato “tão monstruoso”, tal era a decepção da menina e a coragem do menino em destruir algo ao bonito e significativo. Levantei questões bem profundas usando uma linguagem em que crianças de 7 anos pudesse refletir à respeito. Acredito estar sendo fundamentalmente mediadora e responsável ao oportunizar e até mesmo criar situações em sala de aula que levam meus alunos a auto-reflexão e crítica. Lembrei-me de Freud em sua teoria quando afirma que a civilização produz a anticivilização. O menino o qual me referi é bastante imaturo para a idade de7 anos, tem características egocêntricas lá do período pré-operatório e ainda briga com os coleguinhas fisicamente, mordendo e chorando em sala de aula como se tivesse uns três anos de idade. Em nada se parece com as características de desenvolvimento cognitivo e psicogenético de que fala Piaget (para a sua idade, claro). Esta criança colocada em um ambiente social que é a escola e às aprendizagens que lhe é apresentada, tem atitudes de rebeldia e negação. Por algum motivo tem-se revoltado e reagido negativamente ao crescer, aprender e desenvolver-se.
Algumas vezes ouço um ou outro achar chato não ter respostas prontas e ter que refletir e raciocinar sobre questões filosóficas quando somente queria saber se poderia ir ao banheiro ou não. Devolvo a pergunta à criança fazendo ela me dizer se ela vai ao banheiro ou não. Não é rara às vezes em que a criança me responde que não, que pode ir mais tarde. Não faço esforço para agir assim, talvez, como vimos em estudos de semestres anteriores, ao refletirmos sobre a nossa formação docente, que a minha formação enquanto ser humano é responsável pela professora que sou.
Concordo com o autor quando ele fala que a “nossa sociedade, embora se integre cada vez mais, incuba simultaneamente tendências desagregadoras”. Basta ver a interação resultante no uso da internet, ao mesmo tempo em que cada vez mais apesar da possibilidade de conversas on-line em toda a extensão do planeta, as pessoas preferirem relacionamentos virtuais e algumas jamais passarem disso. Com isso demonstram o quão difícil esta sendo a relação próxima fisicamente. Muitas pessoas já não sabem mais agirem numa relação onde se dá o contato físico, não conseguem resolver conflitos tendo de encará-los e exporem-se à realidade. Tenho visto e conhecido por meio da internet pessoas extremamente carentes que apesar da “eterna” busca não conseguem sair do campo virtual para uma relação onde a realidade deve ser construída à medida que elas evoluem nos diferentes aspectos humanos.
Quando o autor argumenta que o povo (ao referir-se ao genocídio de Auschwitz) “não se mostraram à altura da liberdade que caíra do céu”, fiz uma imediata associação às atitudes dos nossos jovens na atualidade. Todos os dias nós nos deparamos com situações em que ficamos perplexos. Nossos jovens cresceram em ambientes familiares em que os pais, na maioria, por terem de sair de casa e trabalharem mais horas para sustentar seus filhos, entregaram a educação destes para escolinhas, “titias”, babás, televisão e internet. Pais cobram agora dos professores uma educação que eles não deram aos filhos nas respectivas idades as quais cada característica do desenvolvimento humano exigiu para a formação da personalidade. Os jovens hoje têm uma liberdade a qual não estão preparados para recebê-la e, no entanto nem escolhas têm, a total ou parcial falta do significado das figuras dos pais na formação de seus filhos, hoje está camuflada pela liberdade. Estes jovens estão perdidos, num profundo abismo e vazio, agarram-se a qualquer coisa num desespero em conceituar algo e em busca de um significado em seu vazio espiritual. Falta à família, falta Deus, falta o indivíduo em si mesmo. Diz Theodor brilhantemente: “O fato de as pessoas já não terem vínculos seria responsável pelos acontecimentos”.
No entanto, não concordo com Kogon em sua afirmação de que a “diferença cultural ainda existente entre cidade e campo”, (talvez explique parte da barbárie de Auschwitz), ele fala qualquer coisa de uma desbarbarização mal sucedida com as pessoas do campo. Hoje podemos falar diferente, vim do interior, campo mesmo, lembro-me de ver uma televisão pela primeira vez aos 12 anos de idade e depois disso os programas eram filtrados pelos adultos. Não víamos qualquer coisa e se entendi direito, (perdoem-me, por favor, senão entendi corretamente, acredito que o autor está referindo-se exclusivamente ao genocídio de Auschwitz) o autor fala das pessoas que moram no campo como se tivessem menos culturas dos que vivem na civilização. Posso estar aqui cometendo um erro extremamente grosseiro, se mal compreendi o que li. As pessoas que vivem no campo possuem princípios e valores arraigados às estruturas familiares. Mesmo os filhos de pais separados possuem muito fortes em sua formação humana os vínculos, sentido e objetivos da vida. Pais mesmo separados continuam cumprindo com suas responsabilidades nos papéis muito bem definidos na formação dos filhos. Jovens do campo têm os estudos como primordial na sua própria formação para a vida adulta. Passam com maior índice em vestibulares em Universidades Federais e Estaduais, não por que não têm condições financeiras para Universidades Particulares, este não é o motivo pelo seu ingresso em Universidades Públicas, mas, por que priorizam as Universidades melhores conceituadas. Enquanto que jovens das cidades “civilizadas” estão perdidos em seus princípios e valores distorcidos. Não me julguem, de forma alguma estou generalizando, quando falo neste texto, descrevo e refiro-me cada caso ao seu caso.
O autor segue falando de uma “Consciência coisificada, de um consciente que rejeita tudo que é conseqüência, conhecimento do próprio condicionamento, e aceita incondicionalmente o que está dado. Se esse mecanismo compulsório chegasse a ser rompido alguma vez, acredito algo seria ganho com isso”. As pessoas do campo têm personalidades fortes, autonomia, desde muito cedo as responsabilidades e conseqüências de seus atos lhes são atribuídas e têm que assumí-las. Os conhecimentos técnicos são adquiridos com o objetivo de ser instrumento facilitador no alcance mais complexo do desenvolvimento, pensa-se em objetivos coletivos, família, comunidade e sociedade como um eu/coletivo = SERHUMANO e não “na busca do interesse próprio de cada um contra os interesses de todos os demais”.
Um dos grandes fatores pelo caos da identidade de humanidade é o fato de que “as pessoas hoje, com exceções, sentem-se mal-amadas, porque não são capazes de amar suficientemente”. É necessário ainda ensinar a amar, é possível fazer isso em sala de aula sim, ensinamos a amar, se soubermos amar é claro. Cultivar o amor não me parece esforço vão; cabe-nos o direito de pregá-lo, porque a falta de amor hoje – ao contrário do texto_ não é uma falha de todos, sem exceção. “Para pregar o amor, seria preciso que aqueles aos quais nos dirigimos que procuramos modificar tivessem uma estrutura de caráter diferente. Porque as pessoas que devemos amar já são incapazes de fazê-la e assim se tornam, por sua vez, menos dignas de ser amadas”. Considero-me digna de ser amada por que sei amar e ensino a amar. Talvez esta seja a grande sacada da educação: Professores e escola ensinarem a amar e pregarem o amor. Como diz Charles Fourier “só seria possível quando os impulsos humanos deixassem de ser reprimidos e fossem satisfeitos e liberados”. Professores mediarem esta externação de impulsos para que as crianças conheçam-se a si mesmos podendo aprender sobre seu EU, recriarem-se evoluindo crítica e conscientemente. Ainda segue, “Quanto mais bem forem tratadas as crianças, quanto menos forem negadas na infância, mais chances elas terão”. Mesmo que depararem-se com algo que não podemos deixar se repetir como Auschwitz, produzirmos uma EDUCAÇÃO/CIVILIZAÇÃO/sem BARBÁRIE.

16 de mai. de 2009

POR QUE NÃO APRENDEMOS A ENSINAR?


Definição de Fernando Becker para Pedagogia diretiva quando pensa na relação ensino/aprendizagem, quando descreve o ambiente de sala de aula analizando: “Penso que o professor age assim porque ele acredita que o conhecimento pode ser transmitido para o aluno. Ele acredita no mito da transmissão do conhecimento – do conhecimento enquanto forma ou estrutura; não só enquanto conteúdo.” Começo agora, então, a duvidar da minha concordância com a definição de conhecimento que aqui apresento e anteriormente concordada. Quando Becker diz que o professor age assim por que aprendeu a ensinar assim eu concordo com ele. Mais ainda, acredito que a falta de ter aprendido a ensinar também pode ser a causa. Falo por mim, pelas experiências as quais tenho adquirido observando colegas nas escolas em que já trabalhei e trabalho. Não me lembro de em momento algum no curso do magistério em que fiz ter aprendido qualquer coisas referente à epistemologia genética. E, olha que sou nova na profissão, imagino os colegas com formação de magistério e profissão mais antiga que aminha. Tenho observado que mesmo os colegas que tem graduação em pedagogia ou algo equivalente, não sabem nem o significado e/ou conceitos de alguns termos. Ainda hoje somos professores um tanto quanto retrógrados e não só não aprendemos a ensinar, o como ensinar que sabemos nos foi transmitido culturalmente, seja com nossos professores enquanto discentes sejam nas informações absorvidas na sociedade. Trata-se de conhecimento ou falta deste transmitido culturalmente. Porém estudando os textos no decorrer do PEAD observei que muitos teóricos vêm estudando sobre epistemologia genética há décadas. O que está acontecendo que estas teorias não fazem parte do currículo dos cursos de formação dos professores e , quando fazem, são abordados de forma “pincelada” e quando estudados mais profundamente não chegam a ser uma prática docente?
Analisando aminha prática docente posso dizer que sou um pouco empirista. Tenho traços e características nas atitudes que se assemelham a uma pedagogia empirista. Questiono-me o porquê disso. Por que a todo instante critico as minhas ações e vou fazendo dia adia a diferença. Considero-me uma professora preocupada com a aprendizagem, auxiliadora na construção do conhecimento, então, também seguindo um modelo não-empirista. Para mim o aluno já vem com conhecimentos pré-concebidos e servem como base para a construção e aquisição de novos saberes. Claro que não uma não-diretiva radical que não vá interferir na aprendizagem dos alunos. Desta vez mais diretiva acredito. É importante esta interferência auxiliando-o no processo da aprendizagem.
Tanto é cultural o ser professor que os pais desvalorizam um educador que não possui esta ou aquela informação, este ou aquele conhecimento “Professor é um depósito de conhecimentos que transmite aos alunos se estes têm capacidade de aprender”. O professor é o sabedor, o aluno “o papel em branco que deve ser preenchido”. Ainda hoje se tem sim essa noção. Quando um professor aparece vendo o ensino aprendizagem com um olhar diferente, é visto com maus olhos pelos colegas, taxado de idealista e sem noção.
Confesso que estou angustiada por que estudando a teoria relacional identifico-me profundamente como uma professora fazendo a coisa certa, considerando as fases do desenvolvimento de Piaget, etc, etc e tal. Quando Fernando descreve o professor num modelo pedagógico relacional tenho a impressão de que ele se baseou em mim e na minha sala de aula para caracterizar.
“Uma luz no fim do túnel!” “O professor, além de ensinar, precisa aprender o que seu aluno já construiu até o momento - condição prévia das aprendizagens futuras. O aluno precisa aprender o que o professor tem a ensinar (conteúdos da cultura formalizada, por exemplo); isto desafiará a intencionalidade de sua consciência (Freire, 1979) ou provocará um desequilíbrio (Piaget, 1936; 1967) que exigirá do aluno respostas em duas dimensões complementares: em conteúdo e em estrutura. Para Freire, o professor, além de ensinar, passa a aprender; e o aluno, além de aprender, passa a ensinar. Nesta relação, professor e alunos avançam no tempo.” Aqui se explica minha ação docente quando me preocupo em proporcionar um ambiente em sala de aula harmônico e favorável para o processo de desenvolvimento da aprendizagem. Bem como, considero a bagagem cultural de cada criança como base para a construção do conhecimento. Ufa! Estou nesta definição então: A <____>P. Há uma inter-relação entre sujeito e objeto com um modelo de pedagogia relacional.
Sou obrigada a concordar com Fernando quando diz que não se desmonta um modelo de pedagogia arcaica simplesmente com a crítica. “Uma proposta pedagógica, dimensionada pelo tamanho do futuro que vislumbramos, deve ser construída sobre o poder constitutivo e criador da ação humana”. Então mãos a obra e sigo minha ação reflexão, teoria e prática que serão justificadas em transformações futuras.

BIOGRAFIA:

BECKER FERNANDO, Modelos pedagógicos e modelos epistemológi

...PENSANDO A INCLUSÃO


No texto sugerido para estudos em “Organização básica do sistema nervoso”, há uma informação importante: Que a todo o momento somos bombardeados por informações vindas de muitos aspectos, no entanto apenas registramos em nossa memória àquelas que consideramos importantes. Daí nossa preocupação como professores em fazer de nossas aulas atrativas e com sentido e importância para nossos alunos. Acredito ser importante comentar o conceito de Plasticidade Neural para entendermos um pouquinho mais o desenvolvimento da criança e como se dá a sua aprendizagem: “É a habilidade de tomar a forma ou alterar a forma e funcionamento a partir da demanda ou exigência do meio”. Em outras palavras "a plasticidade neural é a propriedade do sistema nervoso que permite o desenvolvimento de alterações estruturais em resposta à experiência, e como adaptação a condições mutantes e a estímulos repetidos". Eu nem sabia que isso existia. Amo psicologia por que explica muitas coisas as quais não compreendemos e mudamos nossas atitudes e pontos de vistas quando de posse das informações. Podemos dizer em outras palavras também que a plasticidade cerebral é a capacidade do sistema nervoso central de adaptar-se com habilidades de modificar sua reorganização estrutural.
Com isso podemos dizer que quando nos deparamos com crianças que aparentemente não possuem condições de aprender ou apresentam dificuldades na aprendizagem, se estimuladas da forma correta e consciente por parte dos professores, podemos desencadear uma série de reações estimulantes capazes de refazer e reorganizar estruturas acomodadas. Confesso que sem o conhecimento vejo as crianças com necessidades educativas especiais como um enigma, um mistério. Não sabendo o que fazer nem de que forma ensinar nós vamos tocando os desafios pra frente até que possamos nos livrar deles ou aprendamos, nos capacitando para tal desafio.

2 de mai. de 2009

INCLUSÃO?!?!


No texto sugerido para estudos (Atendimento educacional especializado – concepção, princípios e aspectos organizacionais, de Denise de Oliveira Alves e Marlene de Oliveira Gotti), considera entre outras medidas “o entendi¬mento de que a formação continuada de educadores constitui-se em um processo permanente que necessita ser continuamente atualizado à luz de novos desenvolvimentos teórico-conceituais”. Concordo. Parece-me que esta na verdade é a grande questão. Muito li que o preconceito é apontado como a maior dificuldade para se fazer inclusão nas escolas de ensino regular, eu acredito que a formação dos educadores é o que está faltando, bem como a eficácia das políticas públicas atendendo as escolas com o apoio dos profissionais especializados para o atendimento às necessidades especiais.
Neste mesmo texto em que cito acima, fala que a inclusão só será efetiva quando as escolas abrirem suas portas para o acesso e permanência das crianças com necessidades especiais. Que absurdo dá vontade de chorar quando leio uma idiotice dessas. As escolas estão abertas, os professores estão de coração aberto, não há o preconceito e sim a falta do tal apoio por parte das instituições públicas e profissionais especializados. Os professores não têm formação e conhecimento para trabalhar com estas crianças. Até querem ter, mas, não lhe é permitido tempo para tal formação. Dificilmente as escolas liberam os professores para fazerem à formação especializada.
Peço licença para mais um copia e cola deste mesmo texto: “Desejamos que este material represente mais uma possibilidade para que os educadores brasileiros possam avançar no debate e no desenvolvimento de práticas educacionais acolhedoras, tornando a escola um espaço de participação efetiva e construção do conhecimento”. É necessário que nos revoltemos ao que andam dizendo por aí e publicando como verdade e até legislação. Este mesmo texto aponta como outra barreira à cultura assistencialista e terapêutica da educação especial desconsiderando que os professores para poderem desenvolver o processo de inclusão necessitam de pareceres e apoio por parte desses profissionais. Inclusão é um trabalho conjunto destes, escola, família e comunidade.
Vejam: “... nossos caminhos educacionais estão se abrindo, a custa de muito esforço e perseverança de alguns, diante da resistência de muitos”. Conseguem distorcer a realidade, o tal trabalho de alguns está sendo realizado com muito esforço pelos professores e a resistência está em não proporcionar aos educadores a formação necessária. Temos consciência da epistemologia genética, estudamos Piaget, podemos dizer que estamos caminhando em uma pedagogia construtivista, crescendo a cada dia no desenvolvimento e conhecimento. Estamos recebendo as crianças com necessidades especiais com carinho e responsabilidades sinceras. É por querermos fazer acontecer à inclusão que estamos lutando, guerreando e nos revoltando com tantas barbaridades sendo ditas e assimilada como verdades absolutas. Ofendem-nos a todo o tempo em teorias acusando-nos de sermos o motivo pelo qual a inclusão não é uma realidade linda e maravilhosa como descrevem na legislação em que nos apontam com condição para esta ser executada. Gente! Confesso que até aqui li até a pág. 13 do texto antes mencionado e estou triste, sentindo-me injustiçada e indignada. O fato de algumas escolas e professores não estar aceitando alunos com necessidades educativas especiais não seria por que não sabem o que fazer e não estão recebendo o apoio descrito nas leis? Não me referi nem a minha escola e nem a mim quando digo isso. Ano passado tive um aluno de inclusão e fiz a minha parte. Minha escola também aceita todos os alunos de inclusão que fazem matrícula. Pode ser que a revolta esteja falando mais alto. Vou estudar os outros textos então. Às vezes me pergunto se somente os professores em sala de aula da rede pública é que vê a realidade de certo ponto de vista.
SEGUE UM LINKI PARA NOSSO PROJETO DE APRENDIZAGEM:(RESPONSABILIDADES NA INCLUSÃO: Ainda na fase inicil e em constante desenvolvomento)
http://sites.google.com/site/projetodeaprendizagem2009/

1 de mai. de 2009

ESTAMOS COM 18 ATIVIDADES EM ABERTO (EM ANDAMENTO) NESTE MOMENTO NO CURSO PEAD.


Olá a todos e todas do pead Gravataí. Pelo que pude observar em nossa aula presencial, as minhas angústias são da maioria dos colegas. Sem analisarmos o que há de novo neste semestre e se não identificarmos o que está nos deixando... ”Fora do eixo” digamos assim, o andamento e processo deste semestre ficará cada vez mais difícil. Então compreendi que termos claros as coisas pode ser o caminho.
Parei para pensar na causa da minha inquietação e percebi pela primeira vez desde 2006 fazendo uma lista das atividades exigidas na semana... Espera aí... Lista? Como assim? Não são apenas quatro interdisciplinas? Como assim eu necessitar fazer uma lista de atividades para poder organizar-me? Tudo bem que as coisas ficam mais contextualizadas e complexas, o nível de exigências aumenta conforme a progressão dos semestres etc., etc. e tal. Mas daí lista não foge um pouco da organização característica do curso? Por ser uma modalidade à distância, a clareza das informações a qual estávamos acostumados deveria ser um critério lógico.
Gostaria de deixar bem claro que: Tenho acesso a todos os endereços virtuais inclusive do webfólio tanto de Alvorada como Gravataí, posso garantir que não está acontecendo essas reações angustiantes apenas no pólo de Gravataí. Os conteúdos, atividades e tudo o mais é igual em todos os pólos. Não se atribui a mudança pela saída deste ou entrada daquele profissional. De forma alguma, tanto que posso entrar em qualquer um dos pólos para obter informações a respeito das atividades e é tudo igual em todos os pólos.
Algo acontece de diferente neste semestre quanto à quantidade de ambientes que temos de entrar e postar atividades, o número de atividades e/ou estas subdivididas como se cada uma não dispensasse tempo e estudos para sua realização, falta de clareza na ordem dos exercícios propostos e não se está sendo considerado o real tempo que cada texto nos exige para a leitura e compreensão. Parece-me que não devemos levar tão a sério uma informação por que a qualquer momento ela pode sofrer alterações. Tudo bem que o curso está sendo construído, é flexível, somos todos humanos. Porém ficamos confusos e inseguros quando as coisas não seguem um perfil e caminho claro.
Tentei listar todas as atividades do momento, considerando apenas as atividades em andamento, desconsiderando quem está em atraso nas postagens.

Segue a lista de atividades que estão em aberto neste momento para realizarmos:

Atv. 1:Ler os e-mails diariamente. Nos semestres passados eles serviam como orientadores quando havia uma questão a ser resolvida. Neste semestre eles podem ser a diferença entre você ter compreendido uma tarefa importante ou não. Faz-se necessário lê-los todos os dias e isso em média, considerando por baixo uns 20 e-mail/dia, necessitamos de mais ou menos uns 40 minutos. Isso se você não tiver de clicar em algum link e visitar outras páginas para entender a mensagem que o e-mail lhe traz.

SEMINÁRIO INTEGRADOR:
Atv. 2 *Formação dos grupos PA_
http://peadgravatai6.pbworks.com/Novos-projetos-de-Aprendizagens

Atv 3: postagem reflexão teoria e prática no Potifólio (semanalmente)

PSICOLOGIA:
• Atv. 4 Fórum dos estágios;
• Atv. 5 Aula 6: Método Clínico Piagetiano ( formar grupos)
• Atv. 6 Ler o material sobre as provas sugeridas.
• Atv. 7 Escolher e aplicar uma das provas sugeridas em uma criança de acordo com o roteiro descrito.
• Atv. 8 Postar os registros da atividade no webfólio (11/05)

EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS
ESPECIAIS:
Atv.9 *FÓRUM (Esta última semana segue com o tema da formação
dos professores para a inclusão)
* Atv. 10 Unidade 3: Parte A) A partir da pesquisa iniciada sobre a educação especial no seu município, ( esta sugere que a pesquisa já foi feita. Ao interpretarmos esta questão, à princípio nos perguntamos onde está a pesquisa, pois “A partir da pesquisa iniciada” indica que é só prosseguirmos de uma pesquisa...) escreva quais serviços especializados existem no mesmo e quantos alunos são atendidos por estes serviços. (01/05)
* Atv.11 (Parte B) ESTUDO DE CASO ( Devo enumerar aqui a atividade de estudarmos e leituras para aprendermos a fazer um estudo de caso? Pensando bem, não. Vamos partir de um princípio que buscarmos este conhecimento não demanda tempo ou deveríamos saber.) Vamos ao estudo de caso: Facilitaria se todos tivéssemos alunos com necessidades especiais, porém os que não têm ainda necessitarão de mais tempo para fazer as observações.

FILOSOFIA:
*Atv. 12 Assistir o filme “O Clube do Imperador”;( o filme é simplesmente maaaaaaaaaaaravilhoso!)
*Atv. 13 escrever um texto seguindo o roteiro da atividade encontrado no webfólio do rooda. (11/05)


QUESTÕES ÉTNICO-RACIAIS NA EDUCAÇÃO: SOCIOLOGIA E HISTÓRIA - B:
“Atividade A”
*Atv.14 Ler o texto,
*Atv. 15 Entrevistas e registro(4)
*Atv. 16 Texto/relato,
“ Atividade B”:
* Atv. 17 Leitura do texto Auto Imagem e Auto-Estima na Criança Negra:um Olhar sobre o seu Desempenho Escolar de Marilene Leal Paré,
* Atv. 18 Elaborar um pequeno texto, em torno de 03 páginas, destacando as relações dessas dimensões com o cotidiano da sala de aula e publique no Webfólio. ( postagem até 11/05)

Obs. 1: Algumas atividades não têm data e prazos claros no rooda e temos de procurar nas diversas páginas até encontrar as agendas.
Obs. 2: Tempo de realização da pesquisa para obter a lista das atividades em andamento ( em aberto: 2 h).