A constituição brasileira (1988), com efeitos para a área educacional com debates que se estabeleceram a partir desta, até o ano de 1996 resultando na LDB da Educação Nacional (Lei 9394/96). Lei esta que instituiu a democratização o ensino em todos os níveis. Pela ótica de Sacristán (2001:35) uma escola democratizada é uma escola plural, inclusiva e obrigatória. Na prática essa expressão inclusiva torna-se às vezes uma verdadeira cena de terror. Crianças com necessidades especiais, inclusive patologias psíquicas são colocadas dentro de salas de aula e professores sem especialização (até por que a nossa é em pedagogia), tem de dar aulas. Não é só o não saber o que fazer, é o não poder e o não conseguir fazer por não ser de nossa especialidade este fazer. Tenho vivenciado isso em minha prática docente, Não são raros os momentos sem que sinto-me de mãos amarradas por não conseguir dar as minhas aulas como o planejado e nem de forma nenhuma. A ponta desta corta é a sala de aula, o professor e os coleguinhas desta criança com estas necessidades especiais, nem falo da própria por que meu discurso neste momento é um desabafo de como me sinto enquanto professora que não tem competência para controlar o aluno de inclusão (expressão do pai em uma das tentativas de diálogo para visualizar caminhos a seguir). Não sou contra a inclusão, caso este processo seja realmente inclusivo tomado às devidas medidas e procedimentos para que esta criança de inclusão sinta-se inclusa e não depositada em um ambiente onde não estamos preparados para recebê-la e fazer um trabalho onde a aprendizagem, crescimento e desenvolvimento aconteçam. Não há a possibilidade, em alguns casos que esta inclusão aconteça numa instituição escolar tradicional tal qual a temos e conhecemos. Estas crianças necessitam assim como é real as suas necessidades que estas sejam atendidas para que este processo concretize-se e, definitivamente não temos a oferta de recursos sejam eles qual forem para atendê-las em alguns casos específicos. Fica aqui meu desabafo e um pedido de compreensão.
Professora Elisângela.
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