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15 de mai. de 2010

* DEVEMOS DEMONSTRAR O QUE QUEREMOS QUE AS CRIANÇAS COMPREENDAM

 Se as professoras orientadoras e supervisoras de meu estágio assistissem a hora da rodinha em minha turminha na última quarta feira, eu já estaria passada no curso PEAD sem precisar de nenhuma avaliação. Foi lindo! Que momento!
    No planejamento do último dia letivo da semana, estava programado a apresentação do bebê, este, feito de crochê ( por mim, rsrsrsrsrsrrsrs), sem rosto, sem roupas, apenas cabeça, tronco e membros. Mostrei o bebê, antes de colocar o último braço. As crianças formaram concretamente,  a idéia de que o bebê está em formação. Expliquei que todos irão receber o bebê em sua casa e, com a família, decidirem e acrescentarem o que ainda está faltando no bebê. Todas as crianças tiveram a oportunidade de dizer o que colocarão. A beleza disso tudo, é que, na semana anterior, ainda não possuíam o conhecimento de que no rosto ficam os olhos, boca e nariz, etc. E, neste dia, na rodinha, não só demonstraram que, no decorrer das atividades desta semana, aprenderam o que compõe um rosto, como, também, ampliaram seus conceitos na formação do corpo. Foi muito nítida esta evolução e quem sabe agora na próxima semana posso realizar a atividade sugerida pela professora Darli: “Enquanto é cantada a música CARA REDONDA...; As crianças desenham um rosto”. na semana passada, adaptei esta atividade, pegando no dedinho das crianças enquanto desenhavam e o desenho sendo feito em um rosto já moldurado. Meu objetivo foi exatamente em construir o conceito de rosto: consegui alcançá-lo.
    Esta atividade foi extremamente importante para que eles, agora, possam completar o bebê que irá visitar suas casas e voltará para a sala de aula após ser acrescentado algo. Este algo será discutido na rodinha para que as crianças compreendam o ponto de vista umas das outras.
    Observei que nesta 5ª semana de estágio, as crianças brincar muito mais de casinha. “Passaram a brincar de casinha”, como diz minha colega de sala. Depois de demonstrarmos como se brinca de casinha, elas viram pelo exemplo, pois, não sabiam o que fazer com os objetos da casinha, apenas remexiam neles aleatoriamente sem brincar com eles. Agora, brincam mesmo, umas com as outras e os objetos fazem sentido. Passaram a usar a caixa de fantasias e a trocar de roupas todo o tempo para olharem-se no espelho. Ensaiam performance e interpretam personagens. Isso é bem recente, coisa de uma semana para cá, depois que nós professoras começamos a brincar de casinha e nos vestir com as roupas da caixa de fantasias. Também observei que não estão mais interessadas nos jogos de montar, légos, etc. Acredito que antes manipulavam por manipular e terei de mostrar sentido nestes jogos também.
     Numa reportagem com o título “O que não pode faltar na educação infantil”, novembro de 2008, revista NOVA ESCOLA, Texto de Beatriz Santo mauro e Luiza Andrade, afirmam que: “ Com cerca de 2 anos, a criança continua repetindo o que vê e também os gestos que guarda na memória de situações anteriores, tentando encaixá-los no contexto que acha adequado”. Por isso a importância de nós adultos, demonstrarmos o que queremos que as crianças compreendam e, fazer de nossas atitudes, lembranças que tenham significados para que elas possam adequar em suas próprias experiências.

Um comentário:

Anice - Tutora PEAD disse...

Olá, Elisângela:

Que interessante a reflexão que fizeste sobre o processo de aprendizagem deles. Trouxeste exemplos claros da tomada de consciência dos alunos e a significação que a atividade teve para eles.

Grande abraço, Anice.