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7 de set. de 2009
*APRENDER COM OS OUTROS
Antes de esperarmos que uma criança seja capaz de desenvolver atividades e na relação com o outro aprender, precisamos observar e trabalhar no sentido de desenvolver habilidades e competências cognitivas como descentração, egocentrismo, cooperação e autonomia, estruturas consolidadas mais ou menos quando o indivíduo chega à adolescência. Ninguém melhor de ser citado quando discutir a profundidade do "Aprender com os outros" do que Jean Piaget . Para ele o sujeito só conseguirá interagir com o outro numa relação de cooperação construindo aprendizagens, após ter uma certa estrutura cognitiva. Isso me faz pensar em sala de aula quando percebemos que certas crianças têm dificuldades em brincar com os coleguinhas, desenvolver uma atividade em grupo, jogar com outros participantes e até mesmo aceitar a ideia e opinião do outro. Temos de ter um olhar muito perceptivo para identificar as verdadeiras razões em que se desencadeiam situações de conflitos em sala de aula. Até mesmo situações em que nossa proposta de atividade não tem o sucesso almejado a princípio. Tentemos a culpar as crianças por não terem desenvolvido a atividade como orientamos sem perceber que na verdade são necessárias certas “estruturas cognitivas". Piaget fala “de um longo processo de descentração de cada um dos participantes para a distinção dessa alter idade".
Um aspecto muito importante na consolidação dessas estruturas cognitivas é o afeto. Para este teórico o desenvolvimento cognitivo e a afetividade não se dissociam no indivíduo, “no comportamento concreto do indivíduo são indissociáveis” (PIAGET, 2001, p. 19). Tenho uma aluna que só se interessou pela escola e a aprendizagem quando resolvi testar o caminho de desenvolver nela a auto-estima. Com isso ela percebeu em mim alguém que estava preocupada e queria o melhor para ela. Esta menina aprendeu a ler e escrever num espaço de tempo de mais ou menos 2 semanas de aula e esta base de aprendizagem lhe dá estruturas para compreender os conteúdos mais complexos. Isso é visto claramente por que tem mais irmãos nas mesmas condições que ela e não conseguem aprender.
Outro ponto importante na consolidação de estruturas cognitivas é a capacidade de descentração. Somente quando o indivíduo vê fora de si mesmo é que pode desenvolver a cooperação ( operar com) desenvolvendo a autonomia e assim ser agente na aquisição da aprendizagem. Quanto é importante nós professores compreendermos estes conceitos na ação de sermos educadores.
FONTES CONSULTADAS:
*CAPÍTULO 2.2 DA TESE APRENDIZAGEM AMOROSA NA INTERFACE ESCOLA – PROJETO DE APRENDIZAGEM – TECNOLOGIAS DIGITAIS, por Luciane M. Corte Real no PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO DA UFRGS – PGIE/UFRGS, 2007.
* C:\Documents and Settings\elisangela\Meus documentos\Jean Piaget - Wikipédia, a enciclopédia livre.htm
*C:\Documents and Settings\elisangela\Meus documentos\APRENDER COM OS OUTROS.doc
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3 comentários:
Olá, Elisângela: esta é uma atividade, não é mesmo? O que de mais relevante pôde perceber? O que, de fato, te remeteu a tua prática e a construção de novos conhecimentos? Abraços, Anice.
Anice, agora tu me deixou confusa. Acredito que não sej uma atividade. Não tenho postado atividades há muito tempo. Foi mesmo uma reflexão feita após uma atividade, porém não uma atividade. Talvez, por que a atividade tenha sido uma reflexão alguns termos e muitas palavras se repetem por que quando chegamos ha uma determinada consciência de certas coisas tendemos repetir aspalavras ao falar sobre ela. Mesmo porque os termos de linguagem são próprios dos temas. Vou repensar em cima das questões que levantou e prometo uma próxima postagem.
Olá, Elisângela: Te perguntei se era uma atividade, pois havia referências bibliográficas. Se não é, ok! No entanto, mesmo que fosse uma atividade, não teria problema. Vocês podem publicar atividades em que consideram que o assunto abordado suscitou aprendizagens. No entanto, não é necessário colocá-las por inteiro. Seria relevante selecionar alguns trechos e ali colocar todas as opiniões, percepções e justificativas do porque estão aqui como exemplo de aprendizagem, está certo? Abração, Anice.
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